Último

"Amelia Earhart desce do avião depois de completar o seu voo transatlântico a solo em 1932. Esta fotografia apareceu na edição de março desse ano, com a observação de que Earhart foi também a primeira mulher a receber a Medalha de Ouro Especial da National Geographic Society."*

Imagem retirada da Internet.

Fonte:
* https://www.natgeo.pt/fotografia-do-dia/2020/agosto?image=pod-16-08-2020_nationalgeographic_562461
FOTOGRAFIA DE KEYSTONE VIEW CO, NAT GEO IMAGE COLLECTION

Laos (87)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Na terra batida uma estrutura em madeira precária vai rodando alinhando a linha vermelha que contrasta com todos os objetos circundantes, pela cor rica e profunda que se transformará em algo mais.

Algo que ainda não conhecemos, mas que o futuro revelará. 

Costa Portuguesa.

Praia de Santa Cruz 

A costa que inspirou poetas, escritores e navegadores, em busca de novos mundos, de novas realidades.

Um pórtico sobre o mar, que me lembrou os templos improvisados japoneses, que homenageiam deuses da natureza nas pequenas ilhotas junto da costa.

Imagem retirada da Internet.

Fonte:
https://www.instagram.com/p/Bl6KcVYggfJ/

Adivinha - Branco

O branco sobre as encostas, refúgios ou miradouros?

Onde fica?

Adormecer do Sol

මහනුවර
கண்டி

Kandy, Sri Lanka.

O adormecer do Sol sobre uma cidade rodeada por montanhas, no centro de uma ilha rodeada pelo oceano Índico. Um lugar cativo, um esconderijo, um refúgio para os dias mais quentes… um segredo que descobrimos com a candura da sua beleza inesperada, repleta de influências das mais distantes culturas, que atravessaram os mares ali tão longe.

Laos (86)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Um templo que se anuncia pelo dourado e pelos telhados revirados… fechado, no entanto, como um segredo que se quer revelar. 

"Vem, para subirmos no telhado e, lá do alto, nosso olhar consiga ultrapassar a torre da igreja para encontrar os horizontes que nunca se veem, nesta cidade onde estamos presos e livres, soltos e amarrados."

Caio Fernando Abreu

Laos (85)

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Rio Mekong

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Pak Beng

As casas vermelhas suspensas abrem-se para assistir à procissão de visitantes que viajaram até às suas remotas terras. Observam-nos curiosos, impacientes, sorridentes… o que seriamos para eles…

"Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar."
Carlos Drummond de Andrade

Laos (84)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Entre a vegetação densa surgem umas escadas esculpidas no barro, que anuncia a entrada na pequena aldeia. As crianças correm na nossa direção, recebem-nos com sorrisos e perguntas e encaminham-nos até ao pequeno centro. 

O amor é como a criança: deseja tudo o que vê.

William Shakespeare

Laos (83)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Um barco sozinho preso nos bancos de areia, enquanto o rio quase prata o convida a velejar seguindo o curso das nuvens que navegam no céu.

"Sei de um capitão pirata,
que é dono de um verde mar,
que tem seu barco de prata,
mas deixou de navegar.

Que se enamorou da terra,
que se entregou à prisão,
e entre quatro muros erra,
murmurando uma canção."

Cecília Meireles

Costa Alentejana.

Praia da Samoqueira
A costa portuguesa esculpida pelo temperamento do oceano Atlântico, reserva-nos pequenos esconderijos, onde a água se perde, cativa, pela sua beleza.

Imagem retirada da Internet.

Fonte:
https://www.instagram.com/p/By8Jimjnbgx/?igshid=1sl8gzjffufka

Adivinha - Branco

O branco sobre as encostas, refúgios ou miradouros?
Onde fica?

Laos (82)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Três monges velam por um barco, a curiosidade levou-os a voltarem a sua atenção sobre possíveis estrangeiros, que esporadicamente visitam esta região.

“Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...”

Mário Quintana

Laos (81)

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Rio Mekong

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Pak Beng

A vegetação inconstante ou constante quando não é tocada pelo homem encontra-se com o rio nas suas margens, a areia mistura-se com a terra barrenta e a fauna altera-se neste momento único de encontro.

“Ser como o rio que deflui
Silencioso dentro da noite.
Não temer as trevas da noite.
Se há estrelas nos céus, refleti-las.
E se os céus se pejam de nuvens,
Como o rio as nuvens são água,
Refleti-las também sem mágoa
Nas profundidades tranquilas.”
Manuel Bandeira

Laos (80)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Um barco improvisado com uma coberturas de duas aguas e paredes precárias que dão origem a uma casa talvez temporária, onde um monge espreita, reconhecendo turistas, estranhos.. 

uma vida simples, complexa apenas pelas dificuldades que o dia a dia impõe.

Adormecer do Sol

O sol encontrou a foz do rio Douro e despediu-se tornando-o ainda mais dourado, reluzindo e obscurecendo as memórias do passado.
Amanhã voltarás para um novo dia…

Laos (79)

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Rio Mekong

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Pak Beng

De volta ao rio lamacento que me recorda o meu rio, quando era livre e os barcos tentavam desbravar as suas águas teimosas.

"Cabedelo, pode ler-se em O Tripeiro, Série VII, Ano XVIII, a razão da sua formação, escrita pelo diplomata Barão Jean François de Bourgoing, em 1801: “Quando a fusão das neves começa, o rio engrossa consideravelmente e transporta uma grande quantidade de areia que as diferentes torrentes arrastam, vindas dos flancos das montanhas. Como os rochedos sustêm a corrente do rio, a água não tem já mais força para levar as areias mais longe. Amontoam-se em volta destes rochedos e formam aí uma barra que cada ano aumenta e se torna cada vez mais perigosa. A Associação do Comércio inglês tinha-se proposto destruir estes rochedos, limpar esta passagem e torna-la, enfim, praticável. Todavia, os portugueses responderam que jamais se arriscariam a destruir a melhor defesa do seu porto contra os ataques dos mouros. Em vão se lhes mostrou que a foz sendo estreita, defenderia a cidade de todo o insulto. Obstinaram-se em dizer que preferiam a segurança dos seus lares ao engodo de um ganho mais considerável que se poderiam tornar a causa de sua ruína”."

Fonte:

http://portoarc.blogspot.com/search/label/Rio%20Douro

Costa da Caparica.

Praia da Saúde.

Os antigos abrigos dos pescadores surgem pousados sobre as dunas de areia, sobrevivendo estoicamente à maresia que tudo corrói. A madeira protegida com cores vibrantes esconde a dureza das vidas que por aqui já passaram.  

Imagem retirada da Internet.

Fonte:
https://www.instagram.com/p/CEr8thUMb8P/?igshid=6yngyo72b4rc

Adivinha

Uma cozinha improvisada que acompanha a família de lés a lés, acompanhado os rebanhos e as manadas na procura constante de pasto verde.

Onde fica?

Laos (78)

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Pak Beng

O nosso mundo extenso, grandioso… acordados, dormimos embalados pela doce ilusão da realidade…

"Dorme... Dorme... Rolam pelas
vertentes
das montanhas, as estrelas
cadentes...

Meu amor, a noite mansa
dança, dança
no silêncio do Jardim...
Lento, um cipreste balança...
Tu, descansa,
meu amor, perto de mim...

Dorme, dorme como as rosas
noturnas,
quando há trevas perigosas
de furnas...

Meu amor, não se descreve
esta neve
que dos céus descendo vem...
É um beijo breve... O mais breve...
O mais leve...
Que não se deu em ninguém...

Dorme... O luar se espalha triste
na altura...
Quem sabe, é, tudo que existe,
loucura?"

Cecília Meireles

Laos (77)

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Pak Beng

O nosso mundo, a nossa natureza que a pouco e pouco fomos alterando à nossa medida, transformando-a, alterando-a, no entanto o seu significado original permanece. Tudo muda, mudamos, numa viagem sem fim, num ciclo que ordena o invisível à nossa compreensão. 

Laos (76)

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Pak Beng

O nosso caminho vermelho perdido no meio de montes sem fim, que nos levará de volta à realidade. 

Um caminho profundo, entre o desconhecido, numa busca pelas semelhanças, pelas verdades. 

Não nos perdemos, o caminho é um só...

Laos (75)

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Pak Beng

Sentimos a densidade, da selva, da floresta que se engole a si mesmo numa indefinição que perpétua um crescimento constante em busca do solo, da água e do sol. 

As folhagens misturam-se num conjunto quase intransponível, vestindo os montes de uma vegetação luxuriante.

Laos (74)

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Pak Beng

As folhagens recortam o céu branco, nublado, ocultando o sol, que se faz sentir pelo calor que vai sorrateiramente queimando a nossa pele. Admiramos cada folha, enquanto tentamos adivinhar a sua espécie, a sua origem.

Vidas

Guadalajara, México.

"Os festivais de outubro em Guadalajara, México, celebram a cultura e a arte mexicana com muitos desfiles, música, comida e bebidas. Nesta imagem da edição de março de 1967, os participantes do desfile usam máscaras de papel em homenagem aos povos indígenas da zona."*

Fonte:

*https://www.natgeo.pt/fotografia-do-dia/2020/outubro?image=pod-30-10-2020_nationalgeographic_1063562

FOTOGRAFIA DE VOLKMAR WENTZEL, NAT GEO IMAGE COLLECTION

Adivinha - Sol

Os abrigos confundem-se com o relevo natural do território, denunciando-se apenas pelas chaminés…

A noite omite, o sol anuncia, o crepúsculo une as duas fases, numa linha ténue que dilui a realidade num horizonte de fogo.
Onde fica?

Laos (73)

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Pak Beng

O caminho avermelhado que nos levaria de volta à realidade, recorda-me inevitavelmente a história da Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll:

"Alice perguntou: Gato Cheshire... pode me dizer qual o caminho que eu devo tomar?
Isso depende muito do lugar para onde você quer ir – disse o Gato.
Eu não sei para onde ir! – disse Alice.
Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve."

Laos (72)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Um mar de montanhas cobertas de vegetação densa, um mar vasto onde andamos à deriva, sem pontos de referência exceto o norte anunciado pelo sol escondido, temos apenas o caminho cor de sépia que desenhado nas encostas nos indica o regresso à nossa realidade... 

Laos (71)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Os fetos levam-nos até um tempo passado, onde animais já extintos passeavam por estes territórios, as fronteiras não existiam, os continentes tinham outras formas e o tempo tinha outra duração.

Imaginamos esses milénios em que não existíamos, examinamos cada registo como uma pista analisada pelos detectives da história, que caminham milénios em busca de respostas à curiosidade e ao medo que invadem os humanos. .   

Laos (70)

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República Democrática Popular do Laos 

ແມ່ນ້ຳຂອງ

Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

De novo no caminho que nos leva, guiados pela terra batida entre a vegetação que não ousa calcar este percurso. Contemplamos a aldeia… pensamos uma última vez como seria viver aqui, nascer aqui... não sabemos, regressamos a pouco e pouco à nossa realidade que nunca nos deixou.

Impressões

 

Cádis, a cidade espanhola, fundada pelos fenícios, ocupada pelos mouros, gregos, cartagineses e pelos romanos. Um traçado que respira a influência de vários povos, com características únicas, que se refletem também nas suas vivências.
A porta do Mediterrâneo sobre o Atlântico, onde o mar e o oceano se confundem em terminologias que a água ignora.

Indiferença

Indiferentes aos ecossistemas.
Indiferentes à mão de obra barata.

Indiferentes à saúde.
Plantações de óleo de Palma, componente presente nos mais variados alimentos processados pelo Ocidente. 

"Estradas e campos criam um padrão intrincado em Sarawak, na Malásia. Estes campos são onde as palmeiras de óleo crescem, uma indústria que triplicou nos últimos vinte anos e levou à destruição dos ecossistemas das florestas tropicais."*

Imagem retirada da Internet.

Fonte:

* https://www.natgeo.pt/fotografia-do-dia/2019/dezembro?image=03-nationalgeographic_1191486

FOTOGRAFIA DE MATTIAS KLUM, NAT GEO IMAGE COLLECTION