quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Último - Na utopia da paz


Um último que nos leva a à capa da revista Harper's Weekly de cariz politico, emitida a 3 de Janeiro de 1863 com uma caricatura de Thomas Nast, com uma das primeiras representações do Pai Natal.

"During Christmas in 1862 Nast first drew Santa Claus but the drawings first appeared on the cover of the January 3, 1863, issue of Harper’s Weekly, and shows Santa Claus visiting a Civil War Camp. [..]
In the past Santa Claus was presented in various ways but Nast conceived and introduced our modern image of Santa Claus. For the next 30 years Nast continued to draw Santa changing the color of his coat from tan to the red he’s known for today. His image of Santa Claus was the inspiration for the Coca Cola company’s modern Santa Claus." *


Mais de um século depois um texto de Jorge de Sena sobre o Natal, que data de 1971.

"Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Dos que não são cristãos?...
Ou de quem traz às costas
as cinzas de milhões?
Natal de paz agora
nesta terra de sangue?
Natal de liberdade
num mundo de oprimidos?
Natal de uma justiça
roubada sempre a todos?
Natal de ser-se igual
em ser-se concebido,
em de um ventre nascer-se,
em por de amor sofrer-se,
em de morte morrer-se,
e de ser-se esquecido?
Natal de caridade,
quando a fome ainda mata?
Natal de qual esperança
num mundo todo bombas?
Natal de honesta fé,
com gente que é traição,
vil ódio, mesquinhez,
e até Natal de amor?
Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm,
ou dos que olhando ao longe
sonham de humana vida
um mundo que não há?
Ou dos que se torturam
e torturados são
na crença de que os homens
devem estender-se a mão?"

Jorge de Sena

P.S. Qual seria o texto que acompanhava a ilustração? 

Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://www.thevintagenews.com/2016/12/09/thomas-nast-the-man-who-invented-santa-claus/

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Neve na Rússia.

A cidade colorida vestida de um manto branco.

Uma igreja ortodoxa russa que aparece repetida inúmeras vezes, sem nenhuma indicação da sua localização, um enigma que se torna mais complexo com a dificuldade de entender o idioma local.



Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://www.pinterest.pt/pin/769271180086001036/ 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Neve na Rússia.

A cidade colorida vestida de um manto branco.

Uma igreja ortodoxa russa que aparece repetida inúmeras vezes, sem nenhuma indicação da sua localização, um enigma que se torna mais complexo com a dificuldade de entender o idioma local.


Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://www.pinterest.pt/pin/384987468127322537/

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Neve na Rússia

A cidade colorida vestida de um manto branco.
Catedral do Sangue Derramado, uma igreja ortodoxa construída em São Petersburgo no final do século XIX, no local onde o czar Nicolau II, o Libertador, foi vítima de um atentado. 

"It features Russia’s largest collection of mosaics (over 7,000 sq.m.), Italian coloured marbles, decorative stones from the Urals and Altai region, as well as a collection of Russian heraldic mosaics."*

Uma curiosidade, durante a segunda guerra mundial, a cúpula mais alta da catedral foi atingida por uma bomba, que não explodiu, permanecendo cerca de 20 anos, até ao seu restauro. 


Imagem retirada da Internet. 
Fonte:
https://www.pinterest.pt/pin/493707177908583605/
* http://cathedral.ru/en/spas/building

domingo, 27 de dezembro de 2020

O Sol de Stonehenge


"Stonehenge, the prehistoric monument located in Wiltshire,  is carefully aligned on a sight-line that points to the winter solstice sunset (opposed to New Grange, which points to the winter solstice sunrise, and the Goseck circle, which is aligned to both the sunset and sunrise). Archaeologists believe it was constructed from 3000 BC to 2000 BC and it is thought that the winter solstice was actually more important to the people who constructed Stonehenge than the summer solstice."


Imagem retirada da Internet. 
Fonte:
https://www.telegraph.co.uk/christmas/0/winter-solstice-2020-when-why-pagans-celebrate-shortest-day-year/

sábado, 26 de dezembro de 2020

Adivinha - Renascer




"[...]
Dezembro! - Há tanto frio e neve nos caminhos.
Dos pássaros a voz emudeceu nos ninhos,
Onde não há calor…
Dá-me o calor dum beijo, amor! - Talvez que ainda
Me faça reviver a alegria já finda.
Às vezes de entre o gelo
Rebenta inda uma flor.
"

Inverno em flor; Eugénia Rego Pereira. (p.23)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Natalis Solis Invicti

Histórias contadas por fragmentos encontradas nas ruinas do império romano.
O deus do Sol, nascido a 25 de dezembro, Mithras.

"Deus solar persa, também conhecido como Mithras, era inicialmente o deus dos pactos e dos acordos, no Irão e na Índia.
Na religião de Zoroastro tornou-se o intermediário entre os deuses e os homens, lutando incessantemente contra o espírito do mal e da obscuridade, Angra Mayniu ou Ahriman, e sendo o defensor de Ahura Mazda, o deus do Bem. Mitra é o juiz das almas, defendendo tenazmente a verdade contra a mentira e a falsidade. É também o Bom Pastor, o Messias Redentor, a Verdade e a Luz.
Posteriormente tornou-se o senhor único de um culto solar denominado mitraísmo, religião secreta que surgiu cerca do século VI a. C. na Pérsia e se disseminou pelo Oriente e pelo Império Romano no século I a. C. Foi uma das religiões que mais oposição colocou ao Cristianismo pois teve uma aderência muito grande dos funcionários da Administração, dos comerciantes e do exército (talvez porque a luta estava ligada à defesa da pureza espiritual) quando se romanizou e na Grã-Bretanha havia um templo que lhe era dedicado. Para se entrar para esta religião era necessário passar por sete fases de iniciação, representadas por máscaras."*


Coincidências estudadas pelos historiadores e arqueólogos, interpretando o perdido entre testemunhos díspares. Nas ruinas de Mithraeum descobertos debaixo ou ao lado de igrejas- lugares escondidos em caves, nos subsolos, que escondem um culto de mistérios com origens persas.

"Pôs-se a hipótese de o Cristianismo se ter baseado nesta primitiva religião, talvez para que não fosse completamente nova e desconhecida e ser assim mais facilmente aceite. Pode-se verificar que a vida de Mitras decorreu exatamente como a de Jesus Cristo: nasceu, no dia 25 de dezembro, de uma virgem; foi adorado por reis magos e pastores; viajou durante a sua vida ensinando e fazendo milagres; teve doze discípulos; celebrou uma última ceia; foi morto e sepultado num túmulo na rocha; e, por fim, ressuscitou por volta do dia 21 de março (no equinócio da primavera), três dias depois de ter sido sepultado e subido ao Céu. O mitraísmo incluía rituais celebrados ao Domingo e sacramentos, celebrando também a Páscoa. A tudo isto se junta ainda o facto de Santo Agostinho ter dito que o Deus que ele adorava era o mesmo que o dos mitraístas.

Os animais que o simbolizavam eram o carneiro (que representa no cristianismo a morte inocente de Jesus para salvar a Humanidade) e o leão (que era o animal da tribo de Judá, da qual descendia Jesus). Aparece também um jovem musculado e viril, pleno de força, a dominar um touro nos mitreus romanos." *

Nas representações o Deus Mithras surge a sacrificar um touro, ritual acreditado por alguns que se mantém até aos nossos dias através das touradas. Os trajes dos forcados mantêm as boinas e as capas, num revivalismo pouco conhecido ou fundamento.  

Num mundo de coincidências de transformações e apropriações, reinventamo-nos sobre raízes profundas que tecem emaranhados da quase indecifrável História da Humanidade.


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***culte de Mithra, dieu d’origine indo-iranienne.
Le mithraïsme est probablement introduit dans l’Empire par les militaires romains et les marchands orientaux et se répand à la fin du Ier siècle. Ce culte à mystères, réservé aux hommes, séduit d’abord les élites, puis se diffuse dans toutes les couches de la société.



**Imagem:
L’œuvre proviendrait d’une grotte située sur le chemin conduisant du Forum Romain au Champ de Mars et traversant la colline du Capitole. Des dessins anciens (1555, 1700 et 1841) permettent de connaître ses restaurations depuis sa découverte.
Capitole, Rome, Italie
Relief représentant Mithra, dieu iranien du Soleil, sacrifiant le taureau

Vers 100-200 après J.-C.
Marbre
H. 2,54 ; l. 2
,75 ; ép. 0,80 m
Paris, musée du Louvre
Sobre a imagem:
"Le dieu Mithra porte le bonnet phrygien et le pantalon iranien, qui soulignent son origine orientale. Les premières traces de son culte sont attestées à Rome à l'extrême fin du Ier siècle après J.-C. Sa fête est célébrée le 25 décembre ; c'est la date qui est choisie par les Chrétiens pour célébrer la naissance du Christ au IVe siècle."


Fontes:
Imagem:
**https://www.louvrelens.fr/work/relief-representant-mithra-dieu-iranien-soleil-sacrifiant-taureau/
* https://www.infopedia.pt/$mitra
***https://www.inrap.fr/un-temple-dedie-au-dieu-mithra-angers-9465

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

24-12-2020




Poesia de Natal

Enfeite a árvore de sua vida
com guirlandas de gratidão!
Coloque no coração laços de cetim rosa,
amarelo, azul, carmim,
Decore seu olhar com luzes brilhantes
estendendo as cores em seu semblante

Em sua lista de presentes
em cada caixinha embrulhe
um pedacinho de amor,
carinho,
ternura,
reconciliação,
perdão!

Tem presente de montão
no estoque do nosso coração
e não custa um tostão!
A hora é agora!
Enfeite seu interior!
Sejas diferente!
Sejas reluzente!

Cora Coralina 

Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://www.pinterest.pt/pin/704531935453257271/

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

O Natal de Thomas e Clement


"Thomas Nast's most famous drawing, "Merry Old Santa Claus", from the January 1, 1881 edition of Harper's Weekly. Thomas Nast immortalized Santa Claus' current look with an initial illustration in an 1863 issue of Harper's Weekly, as part of a large illustration titled "A Christmas Furlough" in which Nast set aside his regular news and political coverage to do a Santa Claus drawing. The popularity of that image prompted him to create another illustration in 1881."

Um desenho de Thomas Nast [1881] e um poema de Clement Clarke Moore [1823], contam uma lenda que viajou pelos tempos, numa metamorfose de significados.

"Twas the night before Christmas, when all through the house
Not a creature was stirring, not even a mouse;
The stockings were hung by the chimney with care,
In hopes that St. Nicholas soon would be there;
The children were nestled all snug in their beds;
While visions of sugar-plums danced in their heads;
And mamma in her 'kerchief, and I in my cap,
Had just settled our brains for a long winter's nap,
When out on the lawn there arose such a clatter,
I sprang from my bed to see what was the matter.
Away to the window I flew like a flash,
Tore open the shutters and threw up the sash.
The moon on the breast of the new-fallen snow,
Gave a lustre of midday to objects below,
When what to my wondering eyes did appear,
But a miniature sleigh and eight tiny rein-deer,
With a little old driver so lively and quick,
I knew in a moment he must be St. Nick.
More rapid than eagles his coursers they came,
And he whistled, and shouted, and called them by name:
"Now, Dasher! now, Dancer! now Prancer and Vixen!
On, Comet! on, Cupid! on, Donner and Blitzen!
To the top of the porch! to the top of the wall!
Now dash away! dash away! dash away all!"
As leaves that before the wild hurricane fly,
When they meet with an obstacle, mount to the sky;
So up to the housetop the coursers they flew
With the sleigh full of toys, and St. Nicholas too—
And then, in a twinkling, I heard on the roof
The prancing and pawing of each little hoof.
As I drew in my head, and was turning around,
Down the chimney St. Nicholas came with a bound.
He was dressed all in fur, from his head to his foot,
And his clothes were all tarnished with ashes and soot;
A bundle of toys he had flung on his back,
And he looked like a pedler just opening his pack.
His eyes—how they twinkled! his dimples, how merry!
His cheeks were like roses, his nose like a cherry!
His droll little mouth was drawn up like a bow,
And the beard on his chin was as white as the snow;
The stump of a pipe he held tight in his teeth,
And the smoke, it encircled his head like a wreath;
He had a broad face and a little round belly
That shook when he laughed, like a bowl full of jelly.
He was chubby and plump, a right jolly old elf,
And I laughed when I saw him, in spite of myself;
A wink of his eye and a twist of his head
Soon gave me to know I had nothing to dread;
He spoke not a word, but went straight to his work,
And filled all the stockings; then turned with a jerk,
And laying his finger aside of his nose,
And giving a nod, up the chimney he rose;
He sprang to his sleigh, to his team gave a whistle,
And away they all flew like the down of a thistle.
But I heard him exclaim, ere he drove out of sight—
«Happy Christmas to all, and to all a good night!»"


Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Santa_Claus#/media/File:MerryOldSanta.jpg

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Saturnália

Um mês onde as noites tornavam-se mais longas e num louvor ao sol e ao deus Saturno, da agricultura, partilhavam presentes e amuletos, comemorando com banquetes e desejando que o renascer dos longos dias voltassem, favorecendo as culturas. 

"Os dias consagrados a este deus chamavam-se Saturnales, e eram os que encerravam o mês de dezembro, que lhe era dedicado, pois era nesta altura que começava a germinação das plantas. As festas que nesses dias tinham lugar, as Saturnalias, entre 17 e 23 de dezembro - que festejavam o solstício de inverno, para fazer com que o Sol regressasse ao céu, bem como a abundância, a igualdade e a liberdade dos tempos dourados do reinado de Saturno no Lácio - tinham um carácter algo libertino e carnavalesco. Eram um período de exceção no ordenado e disciplinado quotidiano romano, com encerramento das escolas e tribunais, pausa nas guerras e nos trabalhos políticos e administrativos. Durante estes licenciosos festejos, as classes sociais alteravam-se, sendo até abolidas por alguns dias. Os escravos e servos eram então senhores, dando ordens e exigindo, e estes últimos faziam então de criados, servindo à mesa e obedecendo em tudo o mais. Era pois a recordação de uma idade de ouro em que não havia distinção de classe e a liberdade a todos tocava. Daí que no fim dos banquetes públicos que se realizavam nas festas, os mesmos em que se subvertiam as classes sociais, todos entoavam um hino em honra a Saturno, Io Saturnalia ("Viva as Saturnais"), uma memória e um apelo ao retorno da paz e riqueza da Idade de Ouro. O templo dedicado a Saturno em Roma existia desde o século V a. C."*

E Saturno encontrou Júpiter, o seu filho e uma estrela formou-se. 

Imagem retirada da Internet.
Fontes:
*https://www.infopedia.pt/$saturno-(mitologia)
https://waterfordtreasures.wixsite.com/wattreasuresblog/post/a-saturnalia-miracle-the-pagan-origins-of-christmas

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Logos - Solstício

“Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo.” José Saramago

Estrelas que definem horas, meses, anos, ciclos de vidas… 
Estrelas; constelações, conjugações de planetas, festas religiosas que se misturam com datas astrológicas.
A estrela de Belém, que guiou os reis magos, cujo nome nos recorda que já teriam conhecimentos de astronomia. 
"na noite 21 de dezembro vamos ter o privilégio de observar em todo o seu esplendor a famosa Estrela de Belém. Privilégio, porque é um fenómeno que só volta a acontecer daqui a 60 anos. Mas esplendor talvez seja um pouco exagerado, porque se trata apenas de uma estrela muito brilhante que poderemos observar no céu noturno a olho nu. Na verdade, não é uma estrela, mas antes a conjunção (sobreposição) de Júpiter e Saturno, os maiores planetas do Sistema Solar." *

ζωδιακός κύκλος
As estrelas e os planetas guiam os astrólogos, numa busca incessante de respostas, de explicações, para um possível conhecimento do passado e do futuro…  


Um mosaico do século V, descoberto numa antiga sinagoga, Beth Alpha, a norte de Israel.

Os observadores estelares vão ter um presente raro nos dias que antecedem o Natal, quando dois dos planetas mais brilhantes do sistema solar, Júpiter e Saturno, se envolverem numa dança celestial que os irá colocar a uma distância planetária de um beijo no céu noturno.
O momento de maior aproximação vai acontecer no dia 21 de dezembro – o solstício de inverno para quem vive no hemisfério norte e o início do verão para quem vive no hemisfério sul. Há 400 anos que os dois planetas não pareciam estar tão próximos um do outro, num evento conhecido por grande conjunção.**


Imagem retirada da Internet.
Fontes:
* https://expresso.pt/sociedade/2020-12-20-Estrela-de-Belem-esta-de-volta-no-solsticio-do-inverno
**https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/12/espetaculo-raro-jupiter-e-saturno-vao-quase-tocar-um-no-outro-durante-o-solsticio

domingo, 20 de dezembro de 2020

Édito de Milão

O cristianismo surgiu escondendo-se em lugares ocultos, desconhecidos em lugares fechados e obscuros; temendo as perseguições e torturas pelo império Romano.
No ano de 313, um encontro entre os imperadores do Oriente e Ocidente em Milão, Licínio e Constantino, veio promover a liberdade de seguir o culto e a religião de sua preferência, nomeadamente o cristianismo.
A religião cristã cresceu entre a população romana, que dominava a bacia do mediterrânio, as tradições fundiram-se numa nova identidade.

"O símbolo (☧), ΧΡ, as iniciais da palavra Cristo em grego, pode ser encontrado na bandeira do Estado do Vaticano, na estola dos bispos católicos e na sacristia das igrejas, entre outros lugares. A data do Natal, 25 de dezembro, foi oficializada por Constantino. Era o dia do culto ao Deus Sol, Apolo. Antes disso, o Natal era comemorado no dia 6 de janeiro (hoje dia de Reis). Na época, para popularizar a religião, trocavam as datas festivas.
Constantino tinha inicialmente uma religião solar, de tendência monoteísta, culto ao Sol ou sol invictus. Ele se considerava inspirado por um Deus Único, mas mal definido, e mantinha as funções de pontifex maximus (Sumo Pontífice, sacerdote do Colégio dos Pontífices, mais alto cargo religioso em Roma, desde o século VII a.C.) e mestre do paganismo."*

No ano de 380, o cristianismo tornar-se-ia a religião oficial do império romano com o Édito de Tessalónica. 

ክልል ትግራይ
ትግራይ ክልል
Na região Tigré, na Etiópia, escondidos na falésia mas ousados nas cores estridentes, um lugar de culto que nos recorda a história do cristianismo.



Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://www.instagram.com/p/CIvkQmZg0xT/
*https://www.unicamp.br/chaa/rhaa/downloads/Revista%2011%20-%20artigo%202.pdf

sábado, 19 de dezembro de 2020

Adivinha - Passagem do Tempo


Devagar, o tempo transforma tudo em tempo. O ódio transforma-se em tempo. O amor transforma-se em tempo. A dor transforma-se em tempo. Os assuntos que julgamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis transformam-se devagar em tempo. Mas, por si só, o tempo não é nada, a idade não é nada, a eternidade não existe.
José Luís Peixoto

Uma fenda que se abre anunciando uma viagem no tempo…
Onde fica?

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Vietname (424)

Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
A ilha cada vez mais próxima revela-se, a vegetação que se segura fragilmente às escarpas de calcário escurecido pelo tempo… Outrora ilhas brancas rodeadas de jade, imaginamos essa outra hora, longínqua, perdida em imagens de fantasia de um território que se formou demoradamente; até que o homem se aventurou, pelas suas constâncias. 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Adormecer do Sol


Ao longe o mar, onde o sol vai desaparecendo, a pequena cidade vai ficando deserta, é só nossa. Os montes iluminam o castelo e o palácio, sonhos que permaneceram como testemunhos de um tempo de fantasia, numa realidade que não sentimos.

"
[…]
Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou na estrada da vida…
[…]
O meu coração insatisfeito,
O meu coração mais humano do que eu, mais exato que a vida.

Na estrada de Sintra, perto da meia-noite, ao luar, ao votante,
Na estrada de Sintra, que cansaço da própria imaginação,
Na estrada de Sintra, cada vez mais perto de Sintra,
Na estrada de Sintra, cada vez menos perto de mim…"


Álvaro de Campos

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Vietname (423)

   Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
As duas ilhas aproximam-se vagarosamente, o verde jade da água parece envolve-las num encontro eminente. Como seriam num passado que ainda não conhecia o Homem, como seriam sem a nossa presença.
Não precisa procurar no meio da multidão, coisas acontecem quando você desiste de procura-lás, posso me aproximar sem invadir seu espaço, mas posso me aproximar tanto que seja impossivel de não o invadir. Não há como garantir que não possa me esforçar em ser interessante sendo que o que eu quero é ser o melhor que você merece.
Tati Bernardi 

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Vietname (422)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.



Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
As nuvens afastam-se e deixam antever o tão esperado céu azul, que ornaria com a placidez do lugar.
A luz é ainda escassa para revelar a magnitude do lugar, que permanece resguardado por um véu de mistério. As ilhas sucedem-se criando cenários que parecem contar a história de uma peça de teatro antiga.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Vietname (421)

 Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.



Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
As nuvens persistem, escondendo misteriosamente o além… como numa sonho que não conseguimos visualizar o todo. Ilhas pequenas ilhas, uma ilha por pessoa, para que a pudesse governar à sua imagem, mas a solitude não o permite e evade-se para um sentido de comunidade que não reconhece como sendo dependente. Não tarda a claridade acordar-nos-á para a realidade em que nada é nosso.  


domingo, 13 de dezembro de 2020

"Uma Montanha do Tamanho do Homem"



"1527
- o Cadastro da População do Reino regista as povoações de Drave, Regoufe e Covelo de Paivó na freguesia de São Martinho das Moitas no concelho de Lafões e Sul; Drave conta com dois vizinhos, oito pessoas; Regoufe tem oito vizinhos, trinta e duas pessoas e Covelo de Paivó tem nove vizinhos, trinta e seis pessoas"*

Uma aldeia esquecida entre os montes áridos e desertos, que escondem pequenos segredos.
Uma aldeia que perdeu o seu ultimo habitante em 2000, afinal ficara isolada e esquecida.
Uma descrição nua e crua, talvez tenham sido assim também as vidas das pessoas que construiram aqui as suas casas:
"Povoação que se desenvolve ao longo da encosta formando um conjunto de traçado orgânico com cerca de vinte imóveis. Estes implantam-se ao longo dos eixos viários que circundam a vertente de forte inclinação, implantando-se em pequenas plataformas adaptadas ao terreno. Ao centro da aldeia situa-se a capela que se destaca pelo seu revestimento em cal e com o telhado revestido por telha cerâmica, que contrasta com os restantes imóveis onde se observa o xisto como material dominante. As casas de habitação têm vários anexos de apoio à agricultura como palheiros, currais, espigueiros e azenhas, estes imóveis manifestam uma unidade que lhes é conferida pelas coberturas em placas de xisto. O chamado solar da Drave é a casa, com balcão e dois pisos, que se individualiza devido ao facto do piso superior ser revestido a cal em contraste com o restante edificado que, sendo em xisto, se esbate na paisagem. Os dois espigueiros de dimensões generosas serviam toda a aldeia e localizam-se na zona mais baixa, à entrada do aglomerado."*


"Aldeia mágica"
"2009 - o Geoparque da Arouca é reconhecido pela UNESCO pelo seu excecional património geológico, ficando desde então a fazer parte da Rede Global de Geoparques"*

Abandonada e recolhida mais tarde por grupos e associações de escuteiros que descobriram o seu encanto, o seu genius locci e decidiram protege-la do esquecimento.


Um percurso que liga Regoufe a Drave, desvendou os segredos da natureza, percorreu os caminhos da água, encontrando-lhe os refúgios. 
A ruina tornou-se mágica, como o romantismo do século XIX, poetizou o abandono. 


Um fantasma apelidado de mágico - aldeia mágica - a memória doirou as misérias das vidas que pedra a pedra foram sobrevivendo. 

A esperança ilusória pintava-se branco, como um farol de luz, que encandeia as durezas da vida.





Todas as imagens foram retiradas da Internet.
Título: filme de João Nuno Brochado
*http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5854

sábado, 12 de dezembro de 2020

Adivinha- Vidas


Uma chuva incessante que obriga as pessoas a cobrirem-se com enormes sacos de plásticos coloridos, balançando de pé sobre o deque dos barcos de madeira, que se encontram num aparente embate eminente. 
Onde fica?


sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Vietname (420)

   Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.



Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
Uma ilha perdida entre tantas, arrendada, com uma pequena escarpa, uma floresta que imaginamos densa e sem fim… um pequeno mundo repleto de cenários à escala de um sonho.

"Eu gosto da paisagem.
Mas amo-a duma maneira casta, comovida,
sem poder macular a sua intimidade em
descrições a vintém por palavra.
Chego a uma terra e não resisto:
tenho de me meter pelos campos fora, pelas serras,
pelos montes, saber das culturas, beber o vinho e provar o pão.
E quando anoitece volto, como agora, cheio do enigma que fez
cada região do seu feitio, tal e qual como pôs nas costas do
dromedário aquela incrível marreca, e no pescoço do leão
aquela fantástica juba."


Miguel Torga, in "Diário (1942)"

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Vietname (419)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
Uma ilha tão pequena, com uma costa tão ingreme, tão inacessível. A terra livre do homem que não cessa de contempla-la com o desejo de a invadir, não obstante, não consegue… não tem coragem… não vemos vivalma na terra apenas no mar, que nunca foi nosso. 

"Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face

Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo
[em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio

Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente." 


Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Vietname (418)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
A crista do dragão que mergulha na água cor de jade ou a crista da montanha que submergiu com as transformações terrestres. 
Uma pequena ilha, onde daríamos apenas alguns passos, sentar-nos-íamos contemplando o mar em redor, vendo os barcos que passam e nos contemplam, na nossa solitude ilusória ou desmedida. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Vietname (417)

 Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.




Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
O sol a pouco e pouco aparece tornando o mar e as ilhas de um verde jade… decorei alguns poemas para que os pudesse recordar em qualquer lugar do mundo…vou repetindo-os, por vezes, para os manter vivos na minha memória.  

Teus olhos têm uma cor
de uma expressão tão divina,
tão misteriosa e triste.
Como foi a minha sina!!!
É uma expressão de saudade
vagando num mar incerto.
Parecem negros de longe...
Parecem azuis de perto...
Mas nem negros nem azuis
são teus olhos meu amor...
Seriam da cor da mágoa,
se a mágoa tivesse cor.

Florbela Espanca 
[8-12]



segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Adormecer do Sol



"Besides this earth, and besides the race of men, there is an invisible world and a kingdom of spirits: that world is around us, for it is everywhere; and those spirits watch us, for they are commissioned to gaurd us; and if we were dying in pain and shame, if scorn smote us on all sides, and hatred crushed us, angels see our tortures, recognize our innocence, and God waits ony a speration of spirit from flesh to crown us with a full reward.
"
Charlotte Brontë, Jane Eyre

Talvez o Sol seja como um espirito que todos os dias regressa para nos observar… enquanto estamos despertos. 
Um sol que se deita no Atlântico, visto das montanhas onde a Sintra encantada se revela, envolvida por uma aura de nevoeiro. 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Sumba, Indonésia

Uma das 13466 ilhas que formam a Indonésia, habitada desde o XI século por povos vindos dos sudeste asiático. A partir do século XV, com a chegada dos portugueses, a ilha abriu-se ao mundo com o comercio das madeiras nobres. O território foi passando de mão em mão de império em império, mantendo ainda assim as suas tradições vivas, passando de geração em geração. 


Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://www.flickr.com/photos/artour_a/15099844018/

sábado, 5 de dezembro de 2020

Adivinha - Esconderijo

 Algures perdido entre as altas montanhas que por vezes parecem azuis como o céu, um lago sereno rodeado de pastagens e pequenas cabanas, que o guardam como um segredo.

Onde fica?



sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Vietname (416)

   Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
Na solitude das ilhas perdidas sonhamos com contos contados nos sonhos dos escritores ocidentais com o misterioso e exótico oriente. Sentimos, com todos os sentidos, os sonhos despertam… 

"Sonho Oriental

Sonho-me às vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsâmica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha…

O aroma da magnólia e da baunilha
Paira no ar diáfano e dormente…
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha…

E enquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um cismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,

Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descansas debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar."

Antero de Quental


quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Vietname (415)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
Na solitude das ilhas desertas, imaginamo-nos perdidos, viajando de ilha em ilha, sem encontrar ninguém, com quem pudéssemos comunicar.

"Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti."
John Donne

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Vietname (414)

 Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
Na solitude imaginária, numa natureza silenciosa que cobre as ilhas de um verde indecifrável, encontramo-nos timidamente escondidos, por uma indiferença, que nada revela.
"The more solitary, the more friendless, the more I will respect myself."*
Passados vários ano relembro esta história, as neblinas que absorviam completamente as charnecas despidas de emoção, solitárias, intransponíveis. 
E a música recordada inebriamos até um mundo de fantasia.. 


*Charlotte Brontë, Jane Eyre

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Indiferença

Indiferença…. ouvimos, respondemos apenas com o silêncio, olhamos, mas não observamos.
Ignorantes, ignoramos, quase que somos mais felizes na ignorância.
Calamo-nos num sono profundo… adormecemos embalados pelos zumbidos da realidade que inebria a lucidez. 


"Ah! Ser indiferente!
É do alto do poder da sua indiferença
Que os chefes dos chefes dominam o mundo.

Ser alheio até a si mesmo!
É do alto do sentir desse alheamento
Que os mestres dos santos dominam o mundo.

Ser esquecido de que se existe!
É do alto do pensar desse esquecer
Que os deuses dos deuses dominam o mundo.

(Não ouvi o que dizias...
ouvi só a musica, e nem a essa ouvi...
Tocavas e falavas ao mesmo tempo?
Sim, creio que tocavas e falavas ao mesmo tempo...
Com quem?
Com alguém em quem tudo acabava no dormir do mundo..."


12-1-1935
Álvaro de Campos - Livro de Versos . Fernando Pessoa. 

Imagem retirada da Internet.
https://i.pinimg.com/564x/9b/d8/e7/9bd8e7036937fc314900ded4f1502e4e.jpg

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Último - As muralhas de Kandahar

Afeganistão
A cidade de Kandahar no Afeganistão era protegida por uma imponente muralha, que se recortava com delicados desenhos. 

Nesta fotografia podemos assistir ao acampamento das forças armadas, numa batalha que deu origem à vitória dos britânicos, junto às muralhas, no final do século XIX, cerca de meio século, antes de serem derrubadas pelo rei Nadir.

"Outside the Kandahar Citadel (locally called "Arg"). The men sitting and standing (and looking at the camera) are mostly camp followers of the British forces from then British India (now Pakistan, India and Bangladesh). The precise location where this photo was snapped is the backside of today's Kandahar Governor House, looking toward the direction of the Baba Saab area in Arghandab. The British military operation was conducted in that area on 1 September 1880 to defend Kandahar from the army of Ayub Khan (son of Sher Ali Khan and cousin of Abdur Rahman Khan), who was supported by then Persia and Russia against British India. Ayub Khan and his army had come from Herat. Based on how the men are dressed, this photo was likely created before or after the 27 July 1880 Battle of Maiwand."*


Tudo se repete em ciclos cada vez mais invasivos e violentos… Já Eça de Queiroz nos explicava no seu livro - Cartas de Inglaterra: 
"No entanto a Inglaterra goza por algum tempo a «grande vitória do Afeganistão» com a certeza de ter de recomeçar daqui a dez anos ou quinze anos; porque nem pode conquistar e anexar um vasto reino, que é grande como a França, nem pode consentir, colados à sua ilharga, uns poucos de milhões de homens fanáticos, batalhadores e hostis. A «política», portanto, é debilitá-los periodicamente, com uma invasão arruinadora. São as fortes necessidades de um grande império.“ 

Imagem retirada da Internet.
Fonte:
* https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Kandahar#/media/File:Forces_from_British_India_camping_at_Kandahar.jpg

domingo, 29 de novembro de 2020

Minarete, Iémen

مئذنة 
"Farol"

Algures no Iémen, um minarete que se ergue dos solos argilosos, como algo pertencente à terra, à semelhança das construções das térmitas que se elevam como castelos de areia; que o tempo aliado ao abandono, vai lentamente corroendo, conferindo-lhe um novo caracter. 


 
Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://i.pinimg.com/564x/7d/aa/e3/7daae38876064b35d5edca6a80316a7d.jpg

sábado, 28 de novembro de 2020

Adivinha - Mundos


"Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
"
Álvaro de Campos

Um corredor de ilusões, de vidas passadas, que cantavam a liberdade… 
Onde fica?




sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Adormecer do Sol


"Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
"
Sophia de Mello Breyner

Talvez o sol sinta a mesma atração pelo mar, onde todas as noites se deita… talvez se sinta uma estrela do mar, levada pelas ondas e envolvida pela suave espuma da rebentação … acordando num novo dia… 
E passa o dia a contempla-lo…  fazendo-o brilhar… 

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Vietname (413)

Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
A melancolia da navegação por calmos mares… 

"Na melancolia de teus olhos
Eu sinto a noite se inclinar
E ouço as cantigas antigas
Do mar.

Nos frios espaços de teus braços
Eu me perco em carícias de água
E durmo escutando em vão
O silêncio.

E anseio em teu misterioso seio
Na atonia das ondas redondas
Náufrago entregue ao fluxo forte
Da morte
."
Vinícius de Moraes 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Vietname (412)

    Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
Seria possível?

"Dormir um pouco — um minuto,
um século. Acordar
na crista
duma onda, ser
o lastro de espuma
que há no sono
das algas. Ou
ser apenas
a maré, que sempre
volta
para dizer: eu não morri, eu sou
a borboleta
do vento, a flor
incandescente destas águas."


Albano Martins, in "Castália e Outros Poemas"

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Vietname (411)

    Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
Seria a rocha completamente branca? Será que podemos chamar ao calcário de rocha, pela dureza e pela brancura, parece-nos mentira. Afinal contam-nos que a rocha é o nome dado à matéria dura da crosta da terra, constituídas por minerais, sendo magmáticas ou sedimentares. Talvez por ser da terra do granito, cujas costas com rochedos de granito enfrentam o mar bravo do Atlântico, cremos dificilmente noutra realidade. 
Mas a rocha tornou-se escura e acreditamos, desconfiando… esquecendo completamente que é um dragão de madeira que nos conduz pelas águas. 


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Vietname (410)

   Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.



Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
Algures numa das 2000 ilhas, escondida por uma densa vegetação, uma abertura que permita a entrada no interior da ilha. Conhecemos o seu interior rico em formações que brilham com a luz, a escoridão revela-se numa fantasia da imaginação.

domingo, 22 de novembro de 2020

Puglia, Itália.

Apúlia, a terra sem chuvas

Uma cidade densa que vive sobre o mar, escondendo a escarpa, que timidamente vai aparecendo, anunciando como seria o território antes da chegada do Homem, há alguns milénios.
O mar turquesa encontra a costa branca com origens calcárias e dolomíticas. A cidade engole o território, os edifícios sobrepõem-se às ruelas estreitas e ondulantes quase invisíveis.  


Fonte:
https://www.instagram.com/p/CGPQnjfsQrU/?igshid=eu7q2lzmzik0

sábado, 21 de novembro de 2020

Adivinha - Passagens



"Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
"
 Alberto Caeiro

Onde fica?

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Vietname (409)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
A luz do sol que teima em passar através do nevoeiro reflete a cor clara do fato do barqueiro abrigado com um guarda-chuva cor de terra exótica. Observa a margem e o esforço que terá de fazer para atracar o barco, enquanto mantém a sua roupa clara limpa, nem uma gota de chuva ousou estampar a tela em branco. 


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Vietname (408)

   Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar

Entramos na nuvens dos sonhos, várias ilhas surgiram como sentimentos que populam o nosso pensamento confundindo-nos com os sues contornos diluídos pela incerteza. mas o verde torna-se intenso, a pouco e pouco a esperança invade-nos, preenchendo cada lacuna da realidade, evadimo-nos flutuante entre o nevoeiro e as gotículas que vão caindo.. quase que nos despertam, mas o sono é profundo e o sonho intenso.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Vietname (407)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.
"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "
"Independência, liberdade, felicidade.


Vịnh Hạ Long

Baia Halong
Onde o dragão encontra o mar
O nevoeiro, o desconhecido, o futuro e o destino… 
"também é deste modo que o destino costuma comportar-se connosco, já está mesmo atrás de nós, já estendeu a mão para tocar-nos o ombro, e nós ainda vamos a murmurar, Acabou-se, não há mais nada que ver, é tudo igual." p. 19
O Conto da Ilha Desconhecida; José Saramago. 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Adormecer do Sol

 


L’Eternité.

Elle est retrouvée.
Quoi ? – L’Eternité.
C’est la mer allée
Avec le soleil.

Ame sentinelle,
Murmurons l’aveu
De la nuit si nulle
Et du jour en feu.

Des humains suffrages,
Des communs élans
Là tu te dégages
Et voles selon.

Puisque de vous seules,
Braises de satin,
Le Devoir s’exhale
Sans qu’on dise : enfin.

Là pas d’espérance,
Nul orietur.
Science avec patience,
Le supplice est sûr.

Elle est retrouvée.
Quoi ? – L’Eternité.
C’est la mer allée
Avec le soleil.

Arthur Rimbaud