segunda-feira, 30 de abril de 2018

Último - Mar de Ideais

Há dias...
A maior praça da cidade, que pelo tamanho percebemos que não é tão grande assim.
Uma estátua separa duas multidões, dois grupos tímidos, um de sonhadores que vivem o tempo do futuro ideal e um de revoltados, que tornou esse futuro num presente que fugiu do ideal sonhado, iludido pelo passado.
Ambos gritam, uns iludidos, outros engolidos pela realidade.

Há cerca de 60 anos... um mar de gente, um mar de sonhos.
Gotículas que se uniram numa onda de protesto.
Estarias por aqui, com quase 18 anos sonhando também...

Uma fotografia do passado, da visita à casa portuense; vieram à sala recebê-lo os sonhadores, os idealistas, os oprimidos e os opressores, numa ansia de futuro que tardou em chegar.


14 de Maio de 1958.
"O meu coração ficará no Porto."
E terá ficado assim, registado no coração do general sem medo, os portuenses e a sua cidade.

[24-03-2018]

Fonte Fotografia: Arquivo Fotográfico Humberto Delgado. Torre do Tombo.

domingo, 29 de abril de 2018

A baía de Disko

No ocidente da Gronelândia podemos admirar as construções da natureza, cuja permanência depende apenas das condições climatéricas.


A água adquire uma resistência extraordinária, convertem-se num novo estado... às vezes precisamos de ser assim.

A beleza dos extremos, que nos transcendem, criando cenários de difícil acesso... que tentamos vencer.



Todas as imagens foram recolhidas da Internet.
https://www.instagram.com/explore/locations/283275046/disko-bay/

sábado, 28 de abril de 2018

Adivinha - Ruínas


Ruínas, cenários de vários séculos, quem sabe de milénios...
Testemunhos de vidas distantes pelo tempo...
Onde ficará?

sexta-feira, 27 de abril de 2018

O adormecer do Sol

 Κυπριακή Δημοκρατία
 Crepúsculo no Chipre [2].

O sol não vê fronteiras que destroçam famílias e nações.
Os seus raios percorrem os territórios entre sombras criadas por nós que resistimos à igualdade... E as nuvens dançam indiferentes às nossas vontades egoístas...
Quem seremos amanhã?

[15-04-2018]

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Yazd, Irão (203)

ايرانFinalmente no Irão!
یزد
Yazd


Paredes alisadas, como esculturas de barro moldadas pelas mãos do seu sonhador... secando ao sol.

[16-04-2018]

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Logos - Egalité, fraternité et liberté!

Por uma arquitetura acessível a todos!
Assinalo assim mais um 25 de Abril!

Mas afinal que edifício era aquele que aparecia na fotografia de Andreas Gursky, que levou à origem de mais um Logos aqui no blogue?
[Já se passaram vários meses, o ano já mudou, mas esta pareceu-me ser a data ideal.]

Mouchotte, Montparnasse.
Jean Dubuisson [1914 -2011]

88 000 metros quadrados distribuídos em 17 pisos, para abrigarem 752 fogos.
40 metros de altura por 200 metros de comprimento.
Um edifício de habitação desenhado pelo arquitecto Jean Dubuisson e construído nos anos 60 constituiu «l’une des transformations majeures du paysage parisien au XXe siècle et la première des opérations de rénovation urbaine conduites sur la rive gauche».


«L’aspect le plus remarquable de l’immeuble Mouchotte est sans doute son mur-rideau, une première parisienne en logements locatifs de cette ampleur», confirme Pascal Perris, architecte et commissaire de la rétrospective Jean Dubuisson en 1998 à l'IFA. D’aucuns ne peuvent qu’admirer le déploiement, sur 40 mètres de haut et 200 mètres de long en moyenne, du fameux 'écossais Dubuisson', trame composée de panneaux et allèges en verre avec menuiseries en aluminium anodisé dont la répétition forme «un rythme inspiré de l’époque positiviste».

Nem sempre é fácil conseguir um alçado com uma métrica tão regular.
«Les dormants étant superposés aux ouvrants, le dessin ne change pas en fonction de l’usage», poursuit le commissaire. Implacable trame, impeccable surface. «Alors qu’elle n’a fait l’objet d’aucun entretien en particulier, la façade est aujourd’hui encore dans un état exceptionnel ; c’est une démonstration de résistance», souligne Gérard Monnier, historien de l’architecture contemporaine. De type mur-rideau - en fait des panneaux fixés à chaque étage sur les dalles de planchers et les murs porteurs -, les façades de Mouchotte ne forment qu’une première lecture du bâtiment.

Le 'tableau à la Mondrian' s’anime une fois la nuit tombée. «Le bâtiment offre une deuxième lecture quand tout s’allume. Il offre alors un échantillon de la population parisienne», souligne Pascal Perris. L’écossais Dubuisson : un dessin «mais aussi une façon de régler la quantité de logements». Autrement dit, de conférer l'échelle humaine à l’immensité.
«En mai 1968, quand les drapeaux fleurissent aux fenêtres des appartements, la façade, carte géopolitique, est le reflet des convictions de ses locataires», se souvient Pascal Perris. «Toutes les fenêtres étaient dotées d’un drapeau rouge», confirme Eva Dupond. Ou l’écossais Dubuisson devenu écarlate.

No interior;
Les 'tablettes à casier', double-plateaux composant un espace de rangement au droit intérieur de l’allège sur toute la longueur de la façade.
Contras apresentados pelos moradores:
Heureuses baies vitrées du sol en plafond, inondant l’espace de lumière. Un bémol, pourtant : «l’isolation thermique est un point faible. 36° à partir du mois de juin en fin d’après-midi, c’est beaucoup, sachant que les stores intérieurs, qui n’occultent pas l’allège vitrée, ne font tomber la température que de 1°»,

O Urbanismo, enquanto pensamento crítico e social.
«Le moment, rappelons-le, est celui de l’émergence d’une pensée critique sur la ville, qu’illustrent la thèse du 'droit à la ville’ et les formules de l’autogestion que préconise Henri Lefebvre. Les couches qui accèdent à Mouchotte, cultivées, souvent au contact des lieux de pouvoir et de la communication, quelquefois aisées, ont les moyens nécessaires pour manifester en grandeur réelle cette pensée critique», soulignent Pierre Caillot et Gérard Monnier.


Um logos bilingue.
[Uma mistura de português com francês... Uma coerência de línguas numa acordância (?) bem dúbia. Se não perceberes encontramo-nos no email!]


Todas as imagens foram recolhidas da Internet.
Fonte:
http://www.lecourrierdelarchitecte.com/article_1762

terça-feira, 24 de abril de 2018

Yazd, Irão (202)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd


Que edifícios são estes que se escondem do sol, construídos como castelos de areia desabitados prestes a serem derrubados pelo mar...

[16-04-2018]

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Logos - Daydreaming

De tanto sonhar já vivi várias vidas...

Encontrei pessoas que nunca conheci, vivi em lugares que nunca visitei, tive profissões que nunca aprendi... E de tanto dizer nunca fui concretizando esses "nuncas", que surgiram como lições de vida.
Sonhamos acordados e imaginamos mundos desconhecidos, mas a realidade supera-nos e acordamos numa neblina de surpresas... que nos salva dessa ilha de encantamento.
[04-03-2018]

Fotografia: Um registo de Paolo Monti. Prócida, Nápoles, 1968.

domingo, 22 de abril de 2018

Logos - Estufas com Vida

Jardim Botânico de Curitiba.


Algumas pessoas parecem transparentes com uma estufa de vidro, que revela a sua estrutura de ferro com todas as suas ramificações.
Mas esquecemo-nos do jardim que protegem no seu interior, aparentemente visível através dos vidros transparentes, possuem densas folhagens que escondem plantas exuberantes, algumas de um exotismo, que pelo desconhecido, não compreendemos, não aceitamos...
Algumas convidam-nos a entrar e a perdermo-nos, outras nem sabemos...

[08-04-2018]
 
Imagem recolhida da Internet.

sábado, 21 de abril de 2018

Adivinha - Proteções



"I've built a wall around me, never letting anybody inside and trying not to venture outside myself."
Haruki Murakami.
Uma descoberta tardia, que teimava em não acontecer... regressei...
Onde fica?

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Yazd, Irão (201)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd


Nas ruas me perco, como num olhar que nada revela, transito inconstante pelas incertezas...
Um portal aberto que nada transparece... Quem és tu?

[16-04-2018]

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Yazd, Irão (200)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd
مسجد جامع یزد
Mesquita Sexta-feira
Século XII


Agora sim, o último momento neste pátio anuncia-se, preciso de regressar às ruas.
Contemplo e ouço...
" There is a voice that doesn't use words. Listen." Rumi

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Yazd, Irão (199)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd
مسجد جامع یزد
Mesquita Sexta-feira
Século XII


Aproximo-me dos minaretes, numa tentativa de desvendar os desenhos que os envolvem. Cada detalhe é uma peça única feita à medida para o lugar que a recebe. Perco-me em suposições, quando mais observo, mais dúvidas nascem em mim. Lembro-me que há pessoas assim, difíceis de decifrar... concentramo-nos no seu olhar, mas não desvendamos nenhuma verdade, nenhuma certeza... será que vale a pena?

[15-04-2018]

terça-feira, 17 de abril de 2018

O adormecer do Sol

Κυπριακή Δημοκρατία
Crepúsculo no Chipre [1].

Junto do mar reencontro-me, no silêncio quebrado pelo rebentar ritmado das ondas do mar.
O dia despede-se, com o sol mergulhando no mar que banha a ilha Cipriota...
Retornarei... prometeu-me.


[15-04-2018]

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Yazd, Irão (198)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd
مسجد جامع یزد
Mesquita Sexta-feira
Século XII

As costas do imponente pórtico, do qual se erguem os dois minaretes circulares roubando os tons de azul do céu límpido. Contemplamos... e agradecemos a oportunidade de visitar este lugar e esta construção que persiste há vários séculos.

domingo, 15 de abril de 2018

Gronelândia

Uma imagem, uma composição de contraste.
Um destino distante em vários sentidos...



Continua....

Imagem retirada da Internet.

sábado, 14 de abril de 2018

Adivinha - Estrelas

Procurava um texto que li há algum tempo e que me lembrei ao redescobrir esta fotografia... não o encontrei... mas ainda não desisti de o achar...
Talvez te reencontre...

E não é que encontrei, tratava-se de um provérbio argentino que apenas descobri ao pesquisar em francês. Aprender línguas ou abrir janelas e portas e vãos...

" Quand une tuile tombe de ton toit, c'est l'opportunité de voir milles étoiles."

Onde fica?

[09-04-2018 02:02]

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Yazd, Irão (197)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd
مسجد جامع یزد
Mesquita Sexta-feira
Século XII


Como não sonhar com estas cúpulas  e desejar conhecê-las?
Quantas estrelas consegues contar no "céu"?

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Yazd, Irão (196)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd
مسجد جامع یزد
Mesquita Sexta-feira
Século XII


Qual o significado simbólico deste azul que me leva para as águas mornas dos mares serenos?
Qual o significado das estrelas que compõem a centralidade da arcada?
Mas são apenas retângulos....

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Yazd, Irão (195)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd
مسجد جامع یزد
Mesquita Sexta-feira
Século XII


Até o aleatório tem uma regra, apenas não a entendemos e julgamo-nos livres...
Que pena os hexágonos cortados em formas irregulares, para receberem os arcos...

terça-feira, 10 de abril de 2018

Yazd, Irão (194)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd
مسجد جامع یزد
Mesquita Sexta-feira
Século XII


O nosso olhar é hipnotizado por regras geométricas e matemáticas desenham o mundo de uma forma que nem sempre entendemos, num jogo que nos ultrapassa... num saber que procuramos desvendar ao longo da nossa existência.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Yazd, Irão (193)

ايران
Finalmente no Irão!
یزد
Yazd
مسجد جامع یزد
Mesquita Sexta-feira
Século XII


Cada peça, cada elemento definido num conjunto, que se decifra pelo sentido de unidade.
Assim como as pessoas se desvendam em pequenos traços que compõem um todo, que nem sempre ou quase nunca entendemos.


Composição:
https://entrepreambulos.blogspot.com/2018/04/yazd-irao-192.html

domingo, 8 de abril de 2018

Le Clos Normand.

"[...]que seria de nós se não sonhássemos." José Saramago

 

Quase que consigo imaginar os aromas libertados pelas folhagens e pelas flores em ebulição...






Imagino as estações.... o sol intenso, a chuva túmida, o orvalho e as tempestades...














 O som da água que corre suavemente pelos canais... imagino a sua ondulação.




 O lugar da pintura que guardo até hoje na memória, desde a infância...





O sono já clama rendição, sonho acordado porque não durmo, relembro sonhos antigos ao ver estas imagens, que retratam a concretização de um projeto que sucedeu o seu criador.
Uma natureza pensada em cenários que sofrem metamorfoses várias, apelando aos cinco sentidos...
Vários sonhos que crescem em nós; e assim como a natureza desenvolvem-se num processo continuo de transformações.
Quantos sonhos e resoluções que partilho em surdina... não vá alguém ouvir.

Todas as imagens foram retiradas da Internet.


[08-04-2018]