Último - Turquia 1955

Algures na Capadócia, em 1955, onde as casas se escondem nos ocos esculpidos das chaminés da terra.

Na solitude da vida, um pequeno cavalo fiel companheiro, que me lembra o Rocinante, que acompanhava o seu cavaleiro, nas desventuras e loucuras. 

"Notre mémoire est un monde plus parfait que l'univers : elle rend la vie à ce qui n'existe plus!"
Guy Maupassant


Imagem retirada da Internet:

FONTE:
https://i.pinimg.com/564x/37/13/45/37134553efe62c1e59cae1af8ecf13c0.jpg
Marc Riboud, Near Urgup, Cappadocia, 1955

Adivinha - Sol

"Mas tens a certeza de que ela existe, Tanta como de ser tenebroso o mar, Neste momento, visto daqui, com aquela água cor de jade e o céu como um incêndio, de tenebroso não lhe encontro nada, […] O incêndio do céu ia esmorecendo, a água arroxeou-se de repente, agora nem a mulher da limpeza duvidaria de que o mar é mesmo tenebroso, pelo menos a certas horas." páginas 27-28

O Conto da Ilha Desconhecida; José Saramago

Onde fica?

Vietname (455)

Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

Uma pedra e tantas histórias e lendas, uma ilha flutuando à deriva e as mentes enlouquecem criativas em fantasias que viajam ao mundo espiritual e imaginário.

"Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade."
Clarice Lispector

Vietname (454)

   Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

A natureza ensina-nos o caos, a regra ou a geometria, compreendemos e admiramos o que nos rodeia com base nos ensinamentos e hábitos que apreendemos ao longo da nossa existência.

"As pessoas que se preocupam demais com a ordem externa é porque internamente estão em desordem e precisam de um contraponto que lhes sirva de segurança."

Clarice Lispector

Vietname (453)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

O barco parece levar ao bilhete à pequena ilha de tão perto que se aproxima... 

"Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda..."

Mário Quintana

Vietname (452)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

O território surpreende-nos pelas suas formas inesperadas, criando lugares que parece secretos, guardados pelo mar como segredos.

"Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!"

Mário Quintana

Vietname (451)

 Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

O território desvenda-se como a vida sucedendo-se onda após onda… 

"Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida, há o amor.

Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata."

Clarice Lispector

Salzburgo, Áustria.

Numa viagem até à Áustria, num passado recente que nos revela os encantos do seu rio e das margens povoadas há vários séculos.

"Em Salzburgo, na Áustria, no início dos anos 50, as pessoas observam a cidade e o rio Salzach. 

No canto superior direito, a Fortaleza de Hohensalzburg ergue-se sobre o resto da cidade."*

Imagem retirada da Internet.

Fonte:

*https://www.natgeo.pt/fotografia-do-dia/2020/fevereiro?image=pod-25-02-20-1124229_0

FOTOGRAFIA DE VOLKMAR WENTZEL, NAT GEO IMAGE COLLECTION

Adivinha - O Silêncio do Deserto

"Eu sempre amei o deserto. A gente senta numa duna de areia. Não se vê nada. Não se sente nada. E no silêncio alguma coisa irradia."
Antoine de Saint-Exupéry

No silêncio encontramo-nos, desvendamos o nosso ser, as nossas aspirações, inquietações e desejos. Viajamos no nosso interior e novas sensações são exaltadas. 
Onde fica?

"Carnis Levale"

"Passei entre eles estrangeiro porém nenhum viu que eu o era. Vivi entre eles espião, e ninguém, nem eu, suspeitou que eu o fosse. Todos me tinham por parente: nenhum sabia que me haviam trocado à nascença. Assim fui igual aos outros sem semelhança, irmão de todos sem ser família.

Vinha de prodigiosas terras, de paisagens melhores que a vida, mas das terras nunca falei, senão comigo, e das paisagens, vistas se sonhava, nunca lhes dei notícia. Meus passos eram como os deles nos soalhos e nas lajes, mas o meu coração estava longe, ainda que batesse perto, senhor falso de um corpo desterrado e estranho.

Ninguém me conheceu sob a máscara da igualha, nem soube nunca que era máscara, porque ninguém sabia que neste mundo há mascarados. Ninguém supôs que ao pé de mim estivesse sempre outro, que afinal era eu. Julgaram-me sempre idêntico a mim."

Fernando Pessoa.

Mais uma visita ao Kerala, na Índia.

Todas as imagens foram retiradas da Internet.

Fontes:
https://www.pinterest.pt/pin/725501821210246432/
https://www.pinterest.pt/pin/736479345301014365/
https://www.pinterest.pt/pin/322711129556397487/

"Carnis Levale"

"Quem não lê, aos 70 anos terá vivido só uma vida: a sua. Os que leem terão vivido cinco mil anos. Ler é uma imortalidade de trás para a frente." Umberto Eco. 

Retratos de Charles Fréger:

"Over the course of five trips, Fréger travelled through many inland areas and islands, experiencing Japan’s particular relief, its extent and the natural phenomena that regularly rock it. His extensive exploration of the archipelago has allowed him to sensitively grasp the reasons why the Japanese have an empathic relationship with their environment and their extreme awareness of nature’s vitality. Yokai, oni, tengu and kappa, which can be translated as ghosts, monsters, ogres and goblins, are ritual figures imagined by man and embodied during festivals and ceremonies as an attempt to tame the elements and find meaning in natural events. Presenting a variety of forms existing in Japan, the series undeniably achieves a documentary objective. Yet Fréger no longer seeks the realism of situations or comprehensiveness.

His portraits are obviously partial in both meanings of the word. Herons, stags, ogres, demons and other figures from Japan’s bestiary are shown outside the context of festivities, moving around in rice paddies, fields or water.

Yokainoshima (‘the island of the Yôkai’) has become part of the personal cartography Fréger continues drawing one series after another, made up of lands inhabited by a humanity that is earthly and otherworldly at the same time."*

Várias vidas exprimidas através de diferentes materiais, cores, texturas, figuras, animais sonhados…
Uma seleção de fotografias que nos fazem viajar pelo mundo imaginário e fantasioso do pequeno arquipélago que compõe o Japão, numa diversidade de tradições, costumes e lendas que contam a história do seu povo.

 

[18 imagens para um dia 18]

Imagens retiradas da Internet.
Fonte:
https://www.juxtapoz.com/news/photography/japan-s-ritual-ghosts-monsters-ogres-and-goblins/

Adormecer do Sol

É inverno, a neblina paira numa constância que ignora a passagem das horas e dos dias. A inércia dos ciclos que se repetem ensinam-nos as certezas e as incertezas do que nos rodeia.

A vida flui indiferente, assim como a lua e o sol parecem surgir indiferentes às intempéries da Terra.

"A Perfeição

O que me tranquiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão
absoluta.
O que for do tamanho de
uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma
fração de milímetro
além do tamanho de
uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de
uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte
do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade
chega a nós
como um sentido
secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando,
confusos, a perfeição."

Clarice Lispector

"Carnis Levale"

"Vivemos todos longínquos e anónimos; disfarçados, sofremos desconhecidos. A uns, porém, esta distância entre um ser e ele mesmo nunca se revela; para outros é de vez em quando iluminada, de horror ou de mágoa, por um relâmpago sem limites; mas outros ainda é essa a dolorosa constância e quotidianidade da vida.

Saber bem que quem somos não é connosco, que o que pensamos ou sentimos é sempre uma tradução, que o que queremos o não quisemos, nem porventura alguém o quis - saber tudo isto a cada minuto, sentir tudo isto em cada sentimento, não será isto ser estrangeiro na própria alma, exilado nas próprias sensações?

Mas a máscara, que estive fitando inerte, que falava à esquina com um homem sem máscara nesta noite de fim de Carnaval, por fim estendeu a mão e se despediu rindo. O homem natural seguiu à esquerda, pela travessa a cuja esquina estava. A máscara - dominó sem graça - caminhou em frente, afastando-se entre sombras e acasos de luzes, numa despedida definitiva e alheia ao que eu estava pensando. Só então reparei que havia mais na rua que os candeeiros acesos, e, a turvar onde eles não estavam, um lugar vago, oculto, mudo, cheio de nada como a vida."

Fernando Pessoa

കൂടിയാട്ടം

Koodiyattam
Numa viagem à Índia, descobrimos no Kerala, a antiga arte performativa que contem reminiscências do antigo teatro sânscrito. Todos os músculos da face se movem transmitindo as mais diversas emoções, contando histórias e lendas, que mal compreendemos encantados por todos os movimentos e expressões carregadas de uma beleza única. 

Imagem retirada da Internet.

Fonte:

https://i.pinimg.com/originals/db/1f/a9/db1fa9c499af7f3d5f49ac50232da70c.jpg

"Carnis Levale"

Uma festa que viaja pela história absorvendo vários significados, religiosos e culturais que variam mediante as vontades da lua.

"Carnaval

É Carnaval, e estão as ruas cheias
De gente que conserva a sensação,
Tenho intenções, pensamento, ideias,
Mas não posso ter máscara nem pão.

Esta gente é igual, eu sou diverso —
Mesmo entre os poetas não me aceitariam.
Às vezes nem sequer ponho isto em verso —
E o que digo, eles nunca assim diriam.

Que pouca gente a muita gente aqui!
Estou cansado, com cérebro e cansaço.
Vejo isto, e fico, extremamente aqui
Sozinho com o tempo e com o espaço.

Detrás de máscaras nosso ser espreita,
Detrás de bocas um mistério acode
Que meus versos anódinos enjeita.

Sou maior ou menor? Com mãos e pés
E boca falo e mexo-me no mundo.
Hoje, que todos são máscaras, és
Um ser máscara-gestos, em tão fundo..."

Álvaro de Campos

Para ilustrar um traje usado em festas tradicionais em Burkina Faso, para celebrar alguns rituais típicos das tribos locais.

Imagem retirada da Internet.

Fonte:
http://www.sergiopessolano.it/galleria2/burkina/pages/BF13-11.htm

Saransk, Rússia

Сара́нск

 Catedral F. Ushakova, Saransk, Rússia

Uma construção que nos lembra o velho império construída apenas no século XXI, retomando tradições e costumes antigos perdidos nos tempos de revolução, em que se questionava a identidade de um povo e a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

Imagem retirada da Internet.
Fonte:
https://www.pinterest.pt/pin/384987468126972932/

Adivinha - Ligações

"Essa vontade
de estar perto ,
se longe;
e mais perto,
se perto."
Vinícius de Moraes

Uma ruína engolida pela natureza… um ponte perdida que une duas margens tão próximas… para quê…  Um percurso de água vindo do interior das montanhas e conduzido por entre a vegetação, que o esconde no alto inalcançável das ravinas e caminhos serpenteantes, que levam não sabemos bem aonde… Onde termina? Talvez no mar, nas suas profundezas ainda desconhecidas.
Onde fica?

Vietname (450)

   Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

O território, uma ilusão, uma fantasia ou um sonho?

"
Dorme... Dorme... Rolam pelas
vertentes
das montanhas, as estrelas
cadentes...

Meu amor, a noite mansa
dança, dança
no silêncio do Jardim...
Lento, um cipreste balança...
Tu, descansa,
meu amor, perto de mim...

Dorme, dorme como as rosas
noturnas,
quando há trevas perigosas
de furnas...

Meu amor, não se descreve
esta neve
que dos céus descendo vem...
É um beijo breve... O mais breve...
O mais leve...
Que não se deu em ninguém...

Dorme... O luar se espalha triste
na altura...
Quem sabe, é, tudo que existe,
loucura?"
Cecília Meireles

Vietname (449)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

A permanência é uma ilusão, talvez outrora estas ilhas estivessem todas ligadas à superfície…

Lido por aí:

"A vida é como o oceano.
A tristeza e a felicidade são os ventos.
Os pensamentos são montanhas, que se erguem como ilhas.
A vida de uma pessoa é o seu veleiro.
Uma pessoa em harmonia é aquela que sabe usar os ventos como força para se impulsionar; usar as ilhas para o descanso na sua jornada; apreciar o balanço das ondas.
E, ao final da jornada, abrir um sorriso e dizer:
A viagem valeu!!!
Que vc possa agir de forma a transformar sua jornada tranquila.
Porque a nossa vida, segue o rumo que damos à ela."

Vietname (448)

 Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

Uma fronteira de montanhas flutuantes que pairam estáticas aos nossos olhos, sobre um mar cor de jade, envolvido pela candura do lugar. O seu espírito remonta ao de um dragão que outrora terá voado sobre estas terras e convertido o seu destino e morfologia.

"Se não houvesse montanhas

Se não houvesse montanhas!
Se não houvesse paredes!
Se o sonho tecesse malhas
e os braços colhessem redes!

Se a noite e o dia passassem
como nuvens, sem cadeias,
e os instantes da memória
fossem vento nas areias!

Se não houvesse saudade, solidão nem despedida...
Se a vida inteira não fosse, além de breve, perdida!
Eu não tinha cavalo de asas,
que morreu sem ter pascigo
E em labirintos se movem
Os fantasmas que persigo."

Cecília Meireles

Vietname (447)

 Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

Duas ilhas que adquiriram uma história baseada nas semelhanças figurativas com seres da realidade à qual pertence o homem. A imaginação adaptou a realidade em imagens associativas, contando enredos possíveis para a realidade adquirida. 

“Viajar é interpretar. Duas pessoas vão ao mesmo país e, quando regressam, contam histórias diferentes, descrevem os naturais desse país de maneiras diferentes.”
José Luís Peixote

Vietname (446)

   Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

O tempo parou, ao longe os barcos repousam nas margens das ilhas que meditam a mudança longínqua,

as memórias soltam-se perdendo-se aqui e além levadas pela brisa do esquecimento. Levitamos por entre as ilhas criando novas memórias que se conectam com o passado levadas pelo carinho do presente esquecido.  

Adormecer do Sol

Владимирский собор в Переславле-Залесском.
Переславль-Залесский, Ярославская область.

Algures em Pereslavl Zalesskiy, na região russa Yaroslavl; um sol que ilumina o final do dia branco e a igreja com as suas cúpulas verdes cobertas de neve, adormece suavemente, acompanhando os ciclos da natureza.

Imagem retirada da Internet.
Fonte :

https://www.instagram.com/p/CJBVMe5JDf0/

Adivinha - Ruínas

Junto a um lago descobri as ruínas de sonhos nunca concretizados onde o tempo parece encapsulado num mundo tão distante, que nunca nos pertenceu. As águas mornas lembram outros destinos, lembra-nos o mar sem fim de cores veraneantes. A areia pura ilusão virá de outras eras da Terra, trazidas por ventos ou pela corrosão do território, que entretanto se abateu na própria sepultura.

Onde fica?

Vietname (445)

  Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

"A chuva chove
A chuva chove mansamente… como um sono
Que tranquilize, pacifique, resserene…
A chuva chove mansamente… Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine…

E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono…
Véspera triste como a noite, que envenene

… Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha…
Paço de imensos corredores espectrais,

Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais…"

Cecília Meireles

Vietname (444)

 Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

"Voo
Alheias e nossas as palavras voam.
Bando de borboletas multicores, as palavras voam
Bando azul de andorinhas, bando de gaivotas brancas, as palavras voam.
Viam as palavras como águias imensas.
Como escuros morcegos como negros abutres, as palavras voam.

Oh! alto e baixo em círculos e retas acima de nós, em
redor de nós as palavras voam.
E às vezes pousam."

Cecília Meireles

Vietname (443)

Việt Nam

O sentimento de patriotismo tão patente que nomeia uma importante cidade com o nome do seu soberano, num orgulho modesto que nos confunde.

"Độc Lập, Tự Do, Hạnh Phúc "

"Independência, liberdade, felicidade.

Vịnh Hạ Long

Baia Halong

Onde o dragão encontra o mar

"Timidez 

Basta-me um pequeno gesto,

feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…

- mas só esse eu não farei.

Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes…

- palavra que não direi.

Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,

- que amargamente inventei.

E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando…

- e um dia me acabarei."

Cecília Meireles

As Vidas e as suas Impressões.

02-02

Um registo do suíço René Gardi [1909-200] que viajou pelo continente africano, apaixonando-se e estudando a arquitectura vernacular das tribos. 

 As casas agrupadas como um pequeno rebanho ou manada que se mantém unida, protegendo-se dos invasores e predadores. Assim desvendamos os telhados cónicos de palha que cobrem as pequenas casas cilíndricas, compondo o conjunto Matakam, nos Camarões. Como vivem, como habitam, não sabemos, apenas podemos adivinhar alguns hábitos comuns. 

Fonte:
https://www.britannica.com/art/African-architecture/Geographic-influences

Indiferença

Indiferentes à Riqueza do País e ao conceito abstrato, para tantos, do PIB… 

"Se o dinheiro é o vínculo que me liga à vida humana, vinculando a sociedade a mim, conectando-me com a natureza e o homem, não é o dinheiro o laço de todos os laços? Não pode dissolver e ligar todos os laços? Não é, portanto, também o agente universal da separação?" Karl Marx

Indiferentes ao conceito de sociedade igualitária…
Indiferentes à distribuição desigual da riqueza que gera abismos na educação, na saúde, no trabalho, no acesso à habitação… 

"Mulheres socializam num clube de campo em São Paulo, Brasil. Na década de 80, quando esta fotografia foi publicada, 50% da riqueza do país era detida por apenas 10% da população."*

Um excerto das viagens de Gulliver: 

"O dinheiro não é apenas um dos objetos da paixão de enriquecer, mas é o próprio objeto dela. Essa paixão é essencialmente auri sacra fames (a maldita ganância do ouro), faz com que as pessoas vivam em torno de uma medíocre vida, ocasionada por necessidades impostas, gerando uma rotina alienada." Karl Marx

Fontes:

https://www.natgeo.pt/fotografia-do-dia/2020/agosto?image=pod-05-08-2020_nationalgeographic_432754

https://i1.wp.com/www.telesintese.com.br/wp-content/uploads/2020/04/favela-comunidade-002.jpg?fit=936%2C600&ssl=1

* FOTOGRAFIA DE STEPHANIE MAZE, NAT GEO IMAGE COLLECTION