Último

"Crianças em coxins de nenúfares, figuras fantasmagóricas e produtos de grandes dimensões são apenas três das tendências mais peculiares da fotografia vitoriana. Não temos identificação para as pessoas na fotografia, mas os nenúfares da Victoria amazónica cresceram no jardim do Dr. Henry Bahson, médico em Salem, na Carolina do Norte. Os nenúfares de Bahson são alguns dos primeiros conhecidos por crescer fora da sua terra natal, Brasil, fora de uma estufa."*

Imagem retirada da Internet.

Fonte:

* https://www.natgeo.pt/fotografia-do-dia/2019/dezembro?image=191215-pod

FOTOGRAFIA DE FRANK HEGE, NATIONAL GEOGRAPHIC

Adivinha - Pérgula

Uma pérgula… não cobre o sol, não protege do sol… contemplamos… não entendemos a sua função sem as plantas que se entrelaçam nas vigas e colunatas. 
Onde fica?

Laos (118)

ສາທາລະນະລັດ ປະຊາທິປະໄຕ ປະຊາຊົນລາວ

República Democrática Popular do Laos  

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Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

As árvores crescem colando-se, aproveitando cada metro quadrado, como se vivessem regidos por uma especulação imobiliária desequilibrada e desrespeitadora do sentido de liberdade… de vazio… 

"Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!"

Antero Quental

Laos (117)

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ແມ່ນ້ຳຂອງ

Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

As encostas erguem-se imperando sobre a tenacidade da vegetação, a rocha liberta-se fugaz, revelando milénios de história terrestre.

"E eu compreendo a vossa língua estranha,
Vozes do mar, da selva, da montanha...
Almas irmãs da minha, almas cativas!"

Antero Quental

Adormecer do Sol

Algures numa cidade japonesa, cujo nome esqueci e a hora tardia me impede de relembrar… um castelo pousando como um pássaro na beira do lago, admirando a montanha ao longe, onde o sol se põe.

"Verbo crepuscular e íntimo alento
Das cousas mudas; psalmo misterioso;
Não serás tu, queixume vaporoso,
O suspiro do mundo e o seu lamento?

Um espírito habita a imensidade:
Uma ânsia cruel de liberdade
Agita e abala as formas fugitivas."

Antero Quental

Laos (116)

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Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

As árvores descem a escarpa, equilibrando-se no abismo, confiando na força das suas raízes, admirando o rio que corre constantemente…

"Vozes do mar, das árvores, do vento!
Quando às vezes, n'um sonho doloroso,
Me embala o vosso canto poderoso,
Eu julgo igual ao meu vosso tormento…"
Antero Quental

Laos (115)

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ແມ່ນ້ຳຂອງ

Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

Navegando entre sonhos que poluem a contemplação do que nos rodeia… 

"Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre ideias e espíritos pairando…"
Antero Quental

Iémen

اليَمَن

Um lugar sublime, uma vila que se agarra à encosta, que parece desfazer-se como um castelo de areia expectante pelas ondas do mar sucessivas e inevitáveis. E um vale fértil, repleto de vida… 

“Em toda a verdade humana há sempre algo de angustioso, de aflito, nós somos, e não estou a referir-me simplesmente à fragilidade da vida, somos uma pequena e trêmula chama que a cada instante ameaça apagar-se, e temos medo, acima de tudo temos medo.”
José Saramago

Imagem retirada da Internet.

Fonte:
https://www.pinterest.pt/pin/722124121508102598/

Adivinha - Pássaros

"Os poemas são pássaros que chegam

não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti… "

Mário Quintana

Uma proteção, uma defesa, uma fronteira de outrora convertidas pela paz… 

Onde fica?

Laos (114)

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ແມ່ນ້ຳຂອງ

Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

Um esconderijo ali, além, não tarda irei descobri-lo; no coração da montanha.

“As palavras são assim, disfarçam muito, vão-se juntando umas com as outras, parece que não sabem aonde querem ir.”
José Saramago

Laos (113)

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ແມ່ນ້ຳຂອງ

Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

O verde escuro das montanhas esconde a profundidade da floresta envolvente, onde nos perderíamos, incautos no desconhecido. 

"Recomeça... se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade."

Miguel Torga

Laos (112)

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Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

A ondulação tornou-se quase impercetível e as nuvens parecem uma aguarela difusa de um dia luminoso... 

"Saboreio este dia,
Fruto roubado no pomar do tempo.
Sabe-me a novidade,
Deixa-me os lábios doces.
Tem a polpa de sol, e dentro dele
Calmas sementes de outro sol futuro.
Cheira a terra lavrada e a maresia.
E tão livre e maduro,
Que quando o apanhei já ele caía."

Miguel Torga

Laos (111)

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Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

A ondulação que provocamos na nossa passagem, como o vento que leva as nuvens...

"Vento que passas, leva-me contigo.
Sou poeira também, folha de outono.
Rês tresmalhada que não quer abrigo
No calor do redil de nenhum dono.
Leva-me, e livre deixa-me cair
No deserto de todas as lembranças,
Onde eu possa dormir
Como no limbo dormem as crianças."

Miguel Torga

Laos (110)

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Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

O correr do rio, lembra-me o correr da vida...

"A vida... e a gente põe-se a pensar em quantas
maravilhosas teorias os filósofos arquitectaram
na severidade das bibliotecas, em quantos belos
poemas os poetas rimaram na pobreza das
mansardas, ou em quantos fechados dogmas
os teólogos não entenderam na solidão das celas.
Nisto, ou então na conta do sapateiro, na
degradação moral do século, ou na triste pequenez
de tudo, a começar por nós.
Mas a vida é uma coisa imensa, que não cabe
numa teoria, num poema, num dogma,
nem mesmo no desespero inteiro dum homem.
A vida é o que eu estou a ver: uma manhã majestosa
e nua sobre estes montes cobertos de neve e de sol,
uma manta de panasco onde uma ovelha acabou
de parir um cordeiro, e duas crianças — um rapaz
e uma rapariga — silenciosas, pasmadas,
a olhar o milagre ainda a fumegar."

Miguel Torga

Adormecer do Sol

"O sol põe-se atrás de uma manada de elefantes no Parque Nacional de Amboseli, no Quénia. O parque é famoso por albergar investigações sobre elefantes há décadas."

Imagem retirada da Internet.

Fonte:

https://www.natgeo.pt/fotografia-do-dia/2019/outubro?image=fQYSUbVfts-T7odkrFJckdiFeHvab0GWOfzhj7tYdC0uglagsDNd_N5pHlmhbixGNi06TpDprbbwZA_RGXBdsUNhDQvztRONUw9QQliuhbenCJ1UmoLLXo_37A8LRad8sMgeR4G1h-Kql6Dz098dtTbYxEh00OmPsr0khVxwuRDp8MZ-86rwAg1IomhkNBT8WQ_0S6nblCie81y7o5w2M_RemsBzieVZYA

FOTOGRAFIA DE SUSAN SCHMITZ

Adivinha - Poeira

"Vento que passas, leva-me contigo.
Sou poeira também, folha de outono.
Rês tresmalhada que não quer abrigo
No calor do redil de nenhum dono.
Leva-me, e livre deixa-me cair
No deserto de todas as lembranças,
Onde eu possa dormir
Como no limbo dormem as crianças."
Miguel Torga

Algures no deserto uma duna… 

Onde fica?

Laos (109)

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Pak Beng

Um esconderijo onde se profetiza a liberdade pelo direito à escolha.

A utopia da liberdade revisitada por tantos autores, hoje recordo Miguel Torga.

"Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!"

Miguel Torga

Laos (108)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Um monte, cuja a escarpa guarda segredos, um rio dourado quase brilhando como um metal precioso… um novo mundo

"Larga e límpida luz donde se vê
Tudo o que não dormiu e germinou;
Tudo o que até de noite luta e crê
Na força eterna que o semeou."

Miguel Torga

Laos (107)

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Rio Mekong

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Pak Beng

O sol voltou e tudo se ilumina, os contornos tornam-se mais definidos e as cores mais ricas... descobrimos um novo mundo.

"A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância."

Dalai Lama

Laos (106)

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Pak Beng

Os pensamentos budistas sobre o ser o talvez sobre o estar; que nalgumas línguas são figurados por apenas uma palavra.

"Uma pessoa não é a terra nem a água; nem o vento ou o espaço. Também não é a sua consciência, muito menos o conjunto de consciências; mas, fora estes atributos, o que é o indivíduo?"

Dalai Lama

Laos (105)

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Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

Lido por aí:

"Havia uma flor à beira de um rio que se apaixonou pelo mar. Talvez por ouvir o sussurro das águas do rio, que corriam ansiosas para desembocarem na sua imensidão, passou a amar profundamente aquele ser conhecido apenas pelo ouvir falar do vento e dos pássaros. Apaixonou-se por alguém que nunca viu, mas nunca viu; de longe ouvia o canto ritmado das ondas e se imaginava naqueles braços, numa dança contínua da qual só os que têm em si muito amor sabem o ir e vir."

Autor desconhecido

Vidas

 Oktoberfest - A Festa de Outubro

"Uma funcionária de uma cervejaria carrega canecas de cerveja numa cervejaria ao ar livre em Munique, Alemanha Ocidental - como era conhecida em 1977, quando esta fotografia foi publicada pela primeira vez. Munique é a cidade do Oktoberfest, um festival folclórico que atrai cerca de seis milhões de pessoas todos os anos."

Imagem retirada da Internet.

Fonte:

FOTOGRAFIA DE ROBERT MADDEN, NAT GEO IMAGE COLLECTION

Adivinha - Quase ilha

 

Uma "quase ilha", uma cidadela branca como uma pérola, coberta por telhados de terracota cozida e o mar... envolta… com as suas ilhas incontáveis.

Onde fica?

Laos (104)

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Rio Mekong

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Pak Beng

Um barco tradicional, quase vazio, navega pelas águas que brilham sob o sol que voltou em força, dissipando as nuvens cinzentas… ou seria a força do vento que as levou…ou teria chovido, refrescando-nos e fazendo-nos esquecer o calor abafado… a memória perdeu-se.

Adormecer do Sol

No Japão, junto a um castelo que contempla as montanhas cobertas de neve, que me atraíram de tarde, fazendo-me descobrir este lugar que irradia uma magia trazida pelo passado. A neve já não se vê… mas também já a tinha esquecido. 

Laos (103)

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Rio Mekong

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Pak Beng

O caminho pelo qual o rio nos leva, abre-se sobre um território coberto de nuvens cinzentas, carregadas de água ansiosa para encontrar o rio e quem sabe as nossas cabeças descobertas pela inocência do calor intenso supostamente incompatível com a chuva… pura ilusão… o rio agita-se, sente a força das nuvens e do vento que as leva ou as traz cada vez mais próximas.

Implantação da república

De um condado até à formação de um país, entre revoltas pacíficas e acasos de rebeldia Portugal foi escrevendo a sua História.

"Eu te saúdo, Bandeira de Portugal, fanal augusto das glórias da minha Pátria, eu te saúdo. Sou jovem, mas já sinto no coração a alegria de ter nascido à tua sombra e o orgulho de ser teu filho; e por isso eu te adoro e te saúdo, Bandeira da Minha Pátria. Por ti estudo; por ti desejo ser sábio, para te dar a minha inteligência, e forte, para te dedicar o meu braço; e eu te juro, Bandeira da minha Pátria, que só quero ser grande da tua grandeza, bom da tua bondade, herói do teu heroísmo, e que até à hora da minha morte pedirei a Deus pela tua glória e de todo o coração lhe rogarei que sejas tu a minha mortalha."

Trindade Coelho

Imagem retirada da Internet. 

Fonte:
https://www.pinterest.pt/pin/779193173013985669/feedback/?invite_code=d213d729d7d6476aa832b37e04240a4b&sender_id=330944410026129860

Laos (102)

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Rio Mekong

ປາກແບ່ງ

Pak Beng

As duas montanhas ou seriam dois montes surgem quase azulados pelo céu, cuja definição se perde entre tantos valores, desde os religiosos ao científico, apenas o sentimos distante e praticamente inalcançável; as viagens de avião iludem-nos por vezes… no entanto a sua distância, permanece avassaladora e estonteante, pela sua grandeza não palpável. 

Iémen

𐩺𐩣𐩬

Um país culturalmente tão distante, tão exótico, cujos registos da presença humana nos levam a tempos tão distantes. Uma país que foi sendo isolado, tornando as suas fronteiras quase intransponíveis. e por isso um sonho antigo que surge com alguma frequência nestas resoluções dominicais. Que a próxima semana nos traga algumas concretizações.

Algures em Al-Hajjara, perto das montanhas Haraz, descobrimos este território esculpido pelo Homem, para aproveitamento agrícola. 

Imagem retirada da Internet.

Fonte:
https://www.pinterest.pt/pin/29766047526663347/

Adivinha - Impressões

Um traçado regular que nos surpreende com edifícios repletos de fantasia, que nos levam para universos onde os mundos se fundem.

Onde fica? 

"Em todas as ruas te encontroem todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco"

Mário Cesariny

Imagem retirada da Internet.

Indiferença

Indiferentes às diferenças.

Indiferentes às fronteiras.

Indiferentes à miséria.

Indiferentes à pobreza.

Indiferentes à dor.

Indiferentes aos valores sociais.

“Mas, francamente: fé em quê? Num mundo que almoça valores, janta valores, ceia valores, e os degrada cinicamente, sem qualquer estremecimento da consciência? Peçam-me tudo, menos que tape os olhos. Bem basta quando a terra nos cobrir!” 

Miguel Torga

"Nesta fotografia da edição de dezembro de 1950, monges estão ao lado do Patriarca da Catedral de St. James, a Igreja Arménia em Jerusalém. O serviço ornamentado foi realizado na quinta-feira Santa, que assinala o dia em que Jesus Cristo lavou os pés dos seus discípulos um dia antes de sua crucificação."*

Imagem retirada da Internet.

Fonte:
ª https://www.natgeo.pt/fotografia-do-dia/2021/janeiro?image=pod-17-01-2021_nationalgeographic_939762

FOTOGRAFIA DE MAYNARD OWEN WILLIAMS, NAT GEO IMAGE COLLECTION