quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Último - Ponte D. Maria Pia

Logos - Vox Populi.

Um último que sabe a logos, como não podia deixar de ser. (O discurso vai-se tornando cada vez mais adaptado à oralidade, será talvez por causa da sua temática? Um pensamento que se desenrola entre devaneios dispersos, perdidos de sentidos e de lógicas aparentemente racionais ou facilmente percetíveis)

Uma caricatura do "Zé Povinho" que enfatiza o preço da construção desta ponte, que surgiu na necessidade da criação de uma ligação ferroviária entre o norte e o sul.

Afinal enalteço a ponte esquecida ou as caricaturas que exprimiram as angústias de um povo silencioso... talvez adormecido, tendo sempre presente um sentimento de repressão, de dúvida que o cala.

Será que ainda pensamos? Ou estamos adormecidos, alienados por futilidades que nos entorpecem o espírito de justiça social e do dever cívico.

Uma obra que levou 36 anos a pagar, entre tantas outras... qual terá sido o verdadeiro valor a pagar pela população?
E o pilar da miséria persiste, camuflado por devaneios, por números que iludem, vazios de sentido.

Um fantasma metálico, que com a sua presença durante mais de um século, definiu e ainda hoje define o lugar. O Rio e as suas margens não seriam as mesmas sem a estrutura concebida por Eiffel.

Basta pensar que a torre Eiffel [Paris] era apenas uma estrutura temporária para a exposição universal de 1889, com os dias contados, com uma função/utilidade dúbia.
Será a ponte D. Maria Pia, a nossa torre Eiffel, qual a sua função?
A ponte poderia adquirir outro estatuto?
Continuando a ser ponte de ligação?
Acolhendo um sector distinto?
Regressar ao tempo dos passeios das Virtudes e das Fontainhas, resgatando-os e prolongando-os num anel de circulação pedonal, que ligaria as duas margens, requalificando a malha urbana das duas cidades, ora amigas, ora inimigas...

Continua...


[27.11.2017]
Apenas há três dias, quando a imagem que idealizei para esta publicação não  surgiu, e esta caricatura teimava em aparecer; e assim dei voz a este devaneio e o seu conteúdo tomou um novo rumo.
Relembro o mote que deu origem a estes "últimos" e a teimosia de não querer dizer adeus.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (113)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
عالی‌ قاپو‎‎
Palácio Ali Qapu
Século XVII
Espaços quase exíguos, sem função, vazios de vida... Mas olhamos para o "céu" e descobrimos uma nova dimensão, rica em detalhes que iluminam os nossos sonhos e inspiram a nossa experiência.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (112)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
عالی‌ قاپو‎‎
Palácio Ali Qapu
Século XVII
Entramos no edifício e procuramos encontrar um significado; olhamos em redor descobrimos delicadas pinturas que cobrem as paredes e as cúpulas recortadas em forma de estrelas.

domingo, 26 de novembro de 2017

Logos - Arqueologia

Ser ou não ser arqueólogo?

A descoberta do túmulo de TutanKamom:
"26 November 1922: The discovery of Pharaoh Tutankhamen’s tomb by Howard Carter ignites Egyptomania worldwide. Carter remembered the discovery and his famous words about the tomb’s “wonderful things:”
At first I could see nothing, the hot air escaping from the chamber causing the candle flame to flicker, but presently, as my eyes grew accustomed to the light, details of the room within emerged slowly from the mist, strange animals, statues, and gold – everywhere the glint of gold. For the moment – an eternity it seemed to the others standing by – I was struck dumb with amazement, and when Lord Carnarvon, unable to stand the suspense any longer, inquired anxiously, “Can you see anything?” it was all I could do to get out the words, “Yes, wonderful things.” (Carter 141–42)"
[16-10-2017]
 
A proximidade à data de 26 de Novembro, curiosamente um domingo e a inevitável vontade de regressar ao Egipto. 
Um logos que se tornou numa resolutione, com uma pitada de último.

Imagem recolhida da Internet.
Fonte da citação:
http://digital.lib.uiowa.edu/dadasur/dadasur19/dadasur19-dikaseggerman.htm

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (111)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
عالی‌ قاپو‎‎
Palácio Ali Qapu
Século XVII

Desvendamos as abobadas que cobrem os extensos corredores do bazar, que rodeia a praça, somos atraídos pelas suas formas curvas...E as árvores que refrescam o ambiente, quantos anos terão?

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (110)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
عالی‌ قاپو‎‎
Palácio Ali Qapu
Século XVII


Olhamos em nosso redor e avistamos as montanhas, que protegem a cidade do deserto e recortam o céu claro com umas nuvens afugentadas pelo calor.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (109)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
عالی‌ قاپو‎‎
Palácio Ali Qapu
Século XVII


Quinto alçado.
Subimos ao terraço ocupado por andaimes, que seguram a cobertura do enorme terraço e somos surpreendidos pelas coberturas dos edifícios, que formam a praça.
A configuração da planta da mesquita pública desvenda-se e sua dimensão supera-nos novamente.
E as traseiras, frentes de ruas, quase esquecidas... Afinal encontramos a praça como um pátio, que apenas se revela em segredo.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Logos - Arte de Comunicação

A arte enquanto veiculo de ideais, que se traduz numa vontade de despir os preconceitos.
Uma "provocação" criada no ínicio do século XX e que permanace numa praça da cidade do Cairo.

Depois de muito procurar [sempre persistente nos meus objectivos] encontro uma imagem actual, um primeiro ensaio e alguma informação sobre esta escultura - Nadhat Misr -  realizada por Mahmoud Mukhtar, em 1920.

Um parêntesis para visitar a história:
"1919: Popular revolution against the British Protectorate fills the streets of Cairo with protests, including groups of women led by the feminist nationalist, Huda Shaarawi. Protestors and politicians, headed by the nationalist Sa’ad Zaghlul, succeed in gaining a promise of independence for Egypt. Mukhtar, still in Paris and working briefly as the sculptural director at the Grévin Wax Museum, is inspired by these events and creates the first version of his most famous sculpture, Nahdat Misr (Egypt’s Reawakening), a nationalist work blending modernist technique with pharaonic motifs. It receives honorable mention at the 1920 Salon of the Société des Artistes Français.
1920: A delegation of Egyptian students, in Paris to negotiate Egyptian independence, visits Mukhtar’s studio, where he shows them his new sculpture before it is exhibited at the Salon. The delegation, captivated by the composition, decides to spearhead a campaign to commission a monumental version of Nahdat Misr for one of Cairo’s public squares (Abū Ghāzī and Boctor 52).
[...]
1922: Alongside these changes, Mukhtar insists on creating his sculpture, Nahdat Misr, in pink granite from Aswan, like the ancient Egyptians, instead of bronze.
20 May 1928: Mukhtar’s monumental Nahdat Misr is unveiled in Bab el-Hadid Square directly facing the main train station. The event is produced with much fanfare and many prominent figures attend the event."
[16-10-2017]

Fonte:
http://digital.lib.uiowa.edu/dadasur/dadasur19/dadasur19-dikaseggerman.htm

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (108)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
عالی‌ قاپو‎‎
Palácio Ali Qapu
Século XVII
Ainda na praça desvendo mais um edifício, o antigo palácio alinhado no mesmo eixo da mesquita privada, visitada pela manhã.
Aqui representado numa fotografia capturada por E. Hoeltzer, em 1885, descobrimos uma praça que parecia abandonada e esquecida pelos seus anfitriões...

domingo, 19 de novembro de 2017

Quirguistão

Кыргызстан
قىرعىزستان
Киргизия

Um nome contado em várias línguas... revela talvez a vontade de possuir este território.
Para já apenas uma fotografia do parque nacional Kyrgyz Ata, situado no centro do país, protegendo uma área de cerca de 1172 hectares, desde 1992.


E de pensar que já estive para vir aqui...
Uma Resolutione, uma anotação para pesquisar mais sobre este território e sobre este país.

Imagem recolhida da Internet.
Fonte:
https://plus.google.com/u/0/photos/photo/108365499940844779098/6484144751896400594?icm=false&iso=true

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Logos - Mar Nosso

Dia Nacional do Mar
Um logos que celebra a importância do território marítimo para a população portuguesa.
Um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen [1919-2004]:

Fundo do Mar

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Apúlia, anos 50-60.

Póvoa de Varzim, anos 50/60.



Póvoa de Varzim, anos 50/60.


Póvoa de Varzim, anos 50/60.


Póvoa de Varzim, anos 50/60.

Póvoa de Varzim, anos 50/60.

Póvoa de Varzim, anos 50/60.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Série da Exposição "Olhão pela Objetiva de Artur Pastor" - Bairro da Barreta, 1943-1946.
  Série da Exposição "Olhão pela Objetiva de Artur Pastor" - Bairro da Barreta, 1943-1946.
 Série da Exposição "Olhão pela Objetiva de Artur Pastor" - Bairro da Barreta, 1943-1946.

Série a Condição Humana em Artur Pastor, Nazaré, 1950.
  Nazaré, 1953-1956.
 Nazaré, 1953-1956.
 Apúlia, anos 50.
 Tavira, 1943-1946.

Póvoa de Varzim, anos 50/60.

Série a Condição Humana em Artur Pastor, Nazaré, 1950.
 Série a Condição Humana em Artur Pastor, Setúbal, 1940.



Fica assim registado o Dia Nacional do Mar, com o pretexto de partilhar mais algumas fotografias da autoria de Artur Pastor.
A maioria das Fotografias são das décadas de 50/60 do século XX e fazem parte da Série da exposição "Mar Nosso. Fotografias de Artur Pastor."
Fonte:
http://arturpastor.tumblr.com/

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (108)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
مسجد شاه
Mesquita Shah Mosque
Século XVII

Termino com um apontamento, entre tantos, no momento da saída.
O espaço deslumbra-nos, apurando a nossa concentração a um nível quase meditativo.
Deixo este lugar com o pensamento calmo, agradecendo a oportunidade de visitar e de conhecer mais um elemento produzido pela arquitectura persa.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (107)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
مسجد شاه
Mesquita Shah Mosque
Século XVII
Descubro o pátio, em obras, rodeado por arcadas em torno de um quadrado que já recebeu água.
Sentimos o espaço, a sua essência e energia, que revitalizam o nosso ser.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (106)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
مسجد شاه
Mesquita Shah Mosque
Século XVII
Mais uma vez a noção de verticalidade do pórtico invade-nos, superando-nos.

domingo, 12 de novembro de 2017

Semelhanças (4)

Neste Domingo apresento-te uma Resolutione, que surgiu de um logos, entre devaneios sobre o tabernáculo de Moisés, que por sua vez progrediu para uma procura de referências, de Semelhanças.

מִשְׁכַּן
Lendo algumas fontes que abordam a temática, tentando interpretar o Êxodo, surgem as seguintes explicação:
A criação de um espaço à semelhança do céu ou de um lugar de comunicação com Deus, ou de um lugar onde Deus pudesse estar entre o povo escolhido, os filhos de Israel.
Uma tenda, sem um lugar permanente, para um povo que fugia à escravatura, à procura da terra Santa.
Segundo Witsius [1636-1708], um teólogo holandês;
“God created the whole world in six days, but he used forty to instruct Moses about the tabernacle. Little over one chapter was needed to describe the structure of the world, but six were used for the tabernacle.”

Surgem as seguintes passagens mo Êxodo, que confirmam;
"Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
[...]
E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.
Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis."

E um verso de Fernando Pessoa que parece resumir este "processo":
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce."

Depois de viajar por estes capítulos do Antigo Testamento, da Bíblia que ainda desconheço, a minha memória viaja novamente...

Relembro a viagem à Mongólia, as noites passadas em tendas, a sua estrutura... penso na catedral desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em Brasília.... e as referências surgem.
E o desejo antigo de visitar a cidade de Brasilia, despoletou a criação desta publicação [ainda em construção].

Descobri nos meus registos apenas esta fotografia, de um tipo de yourte que mais se "assemelha".

Quais seriam as referências do arquiteto, no momento da concepçao?

P.S. Fica registada a necessidade de ler a Bíblia... só ainda não o fiz porque a edição que possuo é bastante antiga, o que torna a sua leitura complicada e morosa.

 
[11-11-2017]

sábado, 11 de novembro de 2017

Adivinha - A cor da Água.

A cor turquesa esverdeada diluída pela transparência impressionante dos pequenos lagos, que se formam em redor do percurso... Qual será a sua virtude?
Onde fica?



Uma atração pelo lugar que se transmite num desejo intenso e assim surge uma "adivinha" de sete dias.

Para relembrares:
1 https://entrepreambulos.blogspot.com/2017/10/adivinha-cor-da-agua.html
2 https://entrepreambulos.blogspot.com/2017/11/adivinha-cor-da-agua.html

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Isfahan, Irão (105)

ايران
Finalmente no Irão!
اصفهان
Isfahan
میدان نقش جهان
Praça Naghsh-e Jahan
مسجد شاه
Mesquita Shah Mosque
Século XVII
A verticalidade do alçado e uma janela rendilhada que anuncia o interior, atraindo a minha atenção.