Despedimo-nos do sol à beira mar, onde as nuvens e o vento parecem entoar ora poesia ora cânticos, apelando à esperança de um novo dia, que surgirá não tarda… num instante o presente converteu-se em cores fulminantes, que desapareceram tão rápido…
"[...]Mais adiante encontrei a tarde líquida,
A tarde leve, cheia de distâncias,
Escorrendo de céus azuis e fundos
Onde as nuvens se vão pra outros mundos.
A tarde leve, cheia de distâncias,
Escorrendo de céus azuis e fundos
Onde as nuvens se vão pra outros mundos.
Um ponto apareceu no horizonte,
Verde nos areais como um sinal.
Verde nos areais como um sinal.
Era um lago entre calmos arvoredos
Não bebi a sua água nem beijei
O homem que dormia junto às margens."
Não bebi a sua água nem beijei
O homem que dormia junto às margens."
Sophia de Mello Breyner
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