香 - Perfume (incenso)
港 - Porto
O "Porto Perfumado".
A verticalidade junto à horizontalidade do oceano recortado pelas montanhas que impendem o crescimento da cidade na horizontal.
Quantas pessoas habitam nestas prateleiras, numeradas e quase descaracterizadas? Mas as ruas cheias de vida atraem-nos e a casa torna-se num espaço secundário.
“Em caixas sobrepostas vivem os habitantes da grande cidade (…) diz Paul Claudel,“ entre quatro paredes, é uma espécie de lugar geométrico, um buraco convencional que mobiliamos com imagens, com bibelôs e armários dentro de um armário.” O número da rua, o algarismo do andar fixam a localização do nosso “buraco convencional”, mas nossa morada não tem nem espaço em seu redor nem verticalidade em si mesma.”[1]
E o céu cada vez mais carregado... mas não choveu... e o calor tornou-se mais intenso abafado pela humidade.
[1] A poética do espaço;
Bachelard, Gaston, p.45.
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