domingo, 23 de dezembro de 2018

Campobasso, Itália.

É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr 
entre o fulgor dos cravos
e os dióspiros ardendo na sombra.
Quem assim tem o verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.

Eugénio de Andrade


Será que o sentimento, invocado pelo espirito de Natal, se sentiria na sua plenitude num lugar coberto pelo inverno como um manto, que obriga as pessoas a permaneceram recolhidas e em união, partilhando o calor, contando histórias, abraçando o presente e a vida.

[16-12-2018]

Imagem recolhida da Internet.

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