Da Vulgar Superstição
Os sinos dobram com melancolia
Chamando o povo para as devoções,
Outras tristezas, outras contrições,
E o hórrido sermão que o padre esfia.
Sem dúvida que os homens por magia
Sinistra estão vencidos: se as visões
Ao canto do seu lar ou as canções
Pagãs eles trocam por tal fantasia.
E dobram, dobram... Mas não me estremece
Funéreo calafrio, pois que os sei
Morrendo aos poucos qual candeia finda.
São eles quem chora a morte que os empece.
Há-de florir de novo a humana grei
Em pura glória mais eterna ainda.
John Keats
Ouvimos o sino que nos lembra as horas, a sua passagem, a sua duração finita…
Onde fica?
Onde fica?
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