"Descending into an icy tunnel 17,000 feet up in the Peruvian Andes, the 44-year-old miner stuffs a wad of coca leaves into his mouth to brace himself for the inevitable hunger and fatigue. For 30 days each month Apaza toils, without pay, deep inside this mine dug down under a glacier above the world's highest town, La Rinconada. For 30 days he faces the dangers that have killed many of his fellow miners—explosives, toxic gases, tunnel collapses—to extract the gold that the world demands. Apaza does all this, without pay, so that he can make it to today, the 31st day, when he and his fellow miners are given a single shift, four hours or maybe a little more, to haul out and keep as much rock as their weary shoulders can bear. Under the ancient lottery system that still prevails in the high Andes, known as the cachorreo, this is what passes for a paycheck: a sack of rocks that may contain a small fortune in gold or, far more often, very little at all."
in: https://www.nationalgeographic.com/magazine/article/gold
Indiferentes ao trabalho escravo.
Indiferentes ao valor obscuro do ouro.
[…]
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
«Ganharás o pão com o suor do teu rosto»
Assim nos foi imposto
E não:
«Com o suor dos outros ganharás o pão»
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
«Ganharás o pão com o suor do teu rosto»
Assim nos foi imposto
E não:
«Com o suor dos outros ganharás o pão»
[…]"
excerto do poema de Sophia de Mello Breyner, As Pessoas Sensíveis.
excerto do poema de Sophia de Mello Breyner, As Pessoas Sensíveis.
Imagem retirada da Internet.
https://www.nationalgeographic.com/magazine/article/gold
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