Uma foto tirada algures no Tibete na margem de um sereno rio...
E um discurso para acompanhar esta segunda-feira, segundo a estrutura socioeconómica o primeiro dia da semana.
"Os pobres de África Subsariana que caminham quilómetros à procura de água, não são os pobres de África, são os pobres da nossa humanidade. Somos todos culpados.
Entretanto, existem pessoas com 80 ou 90 anos com milhares de milhões que continuam a acumula-los. E nós não temos a coragem de taxa-los e de dizer chega. É incrível.
São problemas globais num mundo sem governação se não definirmos uma agenda para resolver os problemas do mundo, para confrontarmos os problemas e fazermos deles a nossa missão principal, estamos a ameaçar as nossas próprias vidas.
Esta fase de capitalismo em que agora vivemos trouxe-nos muito progresso. Deve ter-nos dado mais 40 anos de esperança de vida, mas, ao mesmo tempo, está a alienar-nos e rouba a nossa vida. Transforma tudo num bem. Tudo está à venda.
Nós inventamos uma sociedade de consumo, consumista; e a economia tem de crescer. Quando não há crescimento é trágico.
Inventamos uma montanha de consumo supérfluo. Temos de continuar a comprar, a deitar fora... E na verdade estamos a gastar tempo de vida, porque quando eu compro algo ou vocês compram algo, não o pagam com dinheiro. Estamos a pagar com o tempo das nossas vidas que tivemos de gastar para ganhar esse dinheiro. A diferença é que a única coisa que não se pode comprar é vida.
A vida gasta-se. E é terrível gastar a vida para perder a liberdade.
A vida é demasiado preciosa para lhe dar tão pouca substância. Mas enfim...
Talvez tenhamos de esperar pelo descontentamento geral para percebermos o valor das coisas mais simples e fundamentais da vida."
Antigo presidente do Uruguai.
José Alberto Mujica Cordano.
[01:27; 25/11/2016]
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