quinta-feira, 5 de maio de 2016

49º Registos (7)

Arvaikheer (Арвайхээр)
Na capital da província numa área central do território, Arvaikheer, visitei outro mercado, com uma escala totalmente distinta, o mais impressionante é a mistura de produtos vindos quer do extremo oriente quer da Europa; muitos dos quais não temos acesso aqui em Portugal. 
[Na continuação da publicação de anteontem  http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/05/47-registos-5.html]

A sua população bebe todas estas culturas, criando uma identidade única que nos remete para vários locais no mundo, desde a China à Turquia ou da Rússia soviética ao Tibete. Vários séculos de trocas, de conflitos que desenharam cada traço da sua fisionomia e que construiram as suas tradições. Algumas ruínas vão sendo reerguidas... Mas a força e a intensidade da sua identidade sobrepôs-se a todas as adversidades... A força do guerreiro mongol do Genghis Khan permanece viva a cada galope, a cada respiração.
As suas palavras formam-se através da escrita cirílica e ganham sonoridade pela voz da língua turca, que parece a lingua do vento que corre os desertos sem fim.

A herança de várias famílias, incluindo as citadinas, materializa-se na yourte, que as permite viajar por vários lugares da Mongólia. Os rebanhos de animais representam o sustento de um grande número da sua população. Durante o ano seguem as suas manadas, procurando as melhores pastagens. E os animais são tratados e respeitados com uma humanidade que a nossa sociedade desconhece/perdeu, apesar de o leite e a carne serem os alimentos base.
Na saída do mercado, esta senhora esperava pacientemente pelo autocarro que chegaria e a levaria para uma vila ali perto, quem sabe... (que não cheguei a ver)


Um museu que mantém viva a memória e que relata alguns dos momentos mais importantes da história da humanidade neste território.

Sempre que conhecemos uma nova cultura redescobrimos um pouco mais sobre nós próprios, aquilo que nos move, a nossa essência.
Tenho poucas fotografias, porque me deixei levar pelo momento presente, criei memórias que guardarei sempre comigo. Um papel perde-se, queima-se; um ficheiro elimina-se com apenas um clique. E as memórias são ricas por todos as sensações sensoriais que compreendem.

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