terça-feira, 31 de maio de 2016

Último

Quase que me esquecia de assinalar o último dia do mês...
Aqui fica mais um registo de "algo" que já não existe, a não ser em memórias, que vamos procurando preservar.
Esta imagem revela-nos que em finais do século XIX existia um aqueduto na cidade de Vila Nova de Gaia.
Não é surpreendente a escala do aqueduto? Adorei descobrir esta imagem!
Vista de Vila Nova de Gaia, c.1860.
"Junto ao rio, vê-se, à esquerda, a capela de Nossa Senhora da Piedade; um pouco mais ao lado, recuado, o edifício da Sandeman; e, ainda junto ao rio, o edifício mais à direita, é o da Ramos Pinto. A meio, a atravessar a imagem de lado a lado, a estrada real (atual rua do General Torres), construída para facilitar o acesso ao Porto através da ponte Pênsil. Na linha do horizonte é bem visível a arcaria do aqueduto que abastecia o mosteiro da Serra do Pilar.
 A água era recolhida em fontes e minas nas proximidades das atuais rua do Agueiro e praceta Adelino Amaro da Costa. A mina depois atravessava a rua de D. Pedro V para receber água de outros pontos situados no lugar de Trancoso, junto ao Colégio de Gaia. De seguida a mina cruzava a atual avenida da República em direção à travessa Particular Honório Tavares Costa e depois seguia até ao local onde hoje está a praceta do 25 de Abril. A partir daí o aqueduto continuava à superfície, em arcadas pela rua de 14 de Outubro e depois pela alameda da Serra do Pilar, entrando no mosteiro junto ao portão nascente do atual quartel. O aqueduto funcionou durante mais de três séculos, mas nos finais do séc. XIX começou a revelar sinais de degradação, tendo ruído alguns dos seus arcos. Os restantes foram sendo demolidos até aos finais da década de 1920. Mas, ao longo do antigo percurso do aqueduto, subsistem ainda hoje diversos respiros em forma de pirâmide e alguns restos de arcos.
 Em 1946, o Estado procedeu à classificação como imóvel de interesse público do «troço existente do aqueduto da Serra do Pilar (lugar do Sardão, freguesia de Oliveira do Douro)», confundindo dois aquedutos que nada têm em comum: um ainda existente e outro já desaparecido. Tal equívoco ainda hoje perdura em algumas publicações e sítios na Internet."

Confesso que já não tenho as fontes da informação e da fotografia, mas foram encontradas algures na Internet.
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Mais uma imagem, repara no lado direito:
A legenda:
Estaleiro de Rei Ramiro; foto do Barão de Forrester – 1860 – na Descrição de Abril de 1758, da Freguesia de Santa Marinha pode ler-se: “Defronte deste convento (Convento de Corpus Christi) está a grande Praya em que há um grande estalleiro de fazer navios, que dizem ser o milhor, que se tem visto em toda a Europa, onde se tem feito já sinco juntos, e se podem fazer mais. Tem mais na vizinhança, que parte com a Cerca do Convento das Freiras a chamada Tercena, que he hum Lugar bem emparedado, e fechado, que dizem ser obra mandada fazer pelo Senhor Rey Dom Manoel para recolher a fabrica das suas galeras, q entravão neste Porto, e hoje serve para recolher as madeyras e fabrica real; domina nelle o Supeo Intendente da Ribeyra do Ouro.”*

O estaleiro numa vista aérea do Bing Map.




Novas pesquisas revelaram os seguintes links:
http://monumentosdesaparecidos.blogspot.pt/2016/01/aqueduto-do-mosteiro-da-serra-do-pilar.html
http://portoarc.blogspot.pt/2015/11/rio-douro-xxiii.html
* http://portoarc.blogspot.pt/2015/11/rio-douro-xxii.html

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