segunda-feira, 4 de abril de 2016

25º Dépaysé (5)


[Horas Más*]

Escrever é compensador, libertador, seja com uma caneta ou um lápis, aquilo que permita acompanhar a fluidez do pensamento.
Podemos escrever numa folha solta sem destino e queimá-la de seguida
As palavras tornam-se cinzas, o pensamento recupera a sua frescura e a consciência a sua calma.
Ou podemos guardar a folha como um segredo que não conseguimos partilhar... E as palavras repousam adormecidas, até que a coragem as denuncie.

À noite as palavras surgem juntando-se, formando frases, formulando pensamentos, afugentando o sono aparentemente inevitável.
E as horas passam anunciadas pelos barulhos habituais de cada madrugada.
O que fazer, o que pensar...
Mais uma vez o nevoeiro veste a noite com uma cor que pertence a uma hora crepuscular, sem o ser.
O que virá?

Até que a caneta não se move...
Mas os pensamentos voltam e relembro um vasto território... que invadiu de novo o meu pensamento.
Fica para amanhã!

[29-12-2016]
 
 
 *O titulo desta publicação é também o título de um conto - La Mala Hora; Gabriel García Márquez. 
 

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