" Depois de vagabundear incerto algum tempo por outros países, esqueço-me de quem sou, quase (...) O meio que nos envolve é também um pouco de nós, seguramente." (Mário de Sá-Carneiro; A Grande Sombra)
sábado, 30 de abril de 2016
Logos - Sabores
Já experimentaste o novo gelado da Häagen-Dazs de líchias e de rosas é uma viagem de sabores que me levou de volta ao Irão.
Levou-me de volta às ruas misteriosas de uma antiga cidade persa, cujos muros modestos escondem palácios ricamente decorados com espelhos e mesquitas ornamentadas com azulejos coloridos e cúpulas azuis. Nessa cidade experimentei beber águas aromatizadas de rosas e de outros sabores que nunca me lembraria de provar. As fotografias do Irão ficam para uma próxima.
E o gelado de açafrão.... Possa ser que um dia a Häagen-Dazs se inspire e faça um. [O gelado tem de ser feito a partir de açafrão "genuíno" e não de sabores artificiais... o sabor é completamente diferente].
Fica a dica!
Se experimentares conta-me!
Imagem retirada da Internet.
Último Dia - Postigo dos Banhos
Quando encontrei esta imagem da qual apenas guardava uma recordação na minha memória voltei a questionar o nome desta "rubrica" que acontece a cada último dia do mês. Não me pareceu desapropriado ao pensar como teriam sido os último dias destas construções com determinada aparência configuração.
Fui reler a última publicação - E a dúvida regressou, a verdade é que já não me lembrava desta versão.
Será que devia manter este título - [Re]Construções - "com’era e dov’era"? Ou Último Dia?
Agora reparei que afinal tinha dado o nome de Último... Enfim!
Voltando ao assunto inicial, hoje apresento-te a muralha fernandina (?) e o postigo dos banhos.
Uma ilustração talvez do século XVIII;
Duas fotografias do século XIX da cidade do Porto separada do rio pela muralha e algumas portas e postigos.
Repara bem na imagem, nos edifícios, conta-nos tanta coisa...
Regressando ao presente, uma imagem do mesmo sitio na "atualidade".
Continua...
Últimas publicações desta temática:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/01/reconstrucoes-comera-e-dovera.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/03/ultimo.html
Neste link tens assinaladas as portas e postigos na antiga muralha e lê os comentários, vale a pena:
http://aportanobre.blogspot.pt/2011/09/vista-antiga-do-porto.html
Todas as imagens foram retiradas da Internet.
Fui reler a última publicação - E a dúvida regressou, a verdade é que já não me lembrava desta versão.
Será que devia manter este título - [Re]Construções - "com’era e dov’era"? Ou Último Dia?
Agora reparei que afinal tinha dado o nome de Último... Enfim!
Voltando ao assunto inicial, hoje apresento-te a muralha fernandina (?) e o postigo dos banhos.
Uma ilustração talvez do século XVIII;
Duas fotografias do século XIX da cidade do Porto separada do rio pela muralha e algumas portas e postigos.
Repara bem na imagem, nos edifícios, conta-nos tanta coisa...
Regressando ao presente, uma imagem do mesmo sitio na "atualidade".
Continua...
Últimas publicações desta temática:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/01/reconstrucoes-comera-e-dovera.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/03/ultimo.html
Neste link tens assinaladas as portas e postigos na antiga muralha e lê os comentários, vale a pena:
http://aportanobre.blogspot.pt/2011/09/vista-antiga-do-porto.html
Todas as imagens foram retiradas da Internet.
Adivinha
Mais um espaço interior...
Consegues imaginar onde fica?
Talvez este seja o próximo destino que irei abordar aqui no blogue! Uma viagem que ansiei vários anos até a conseguir concretizar.
Onde fica?
[04-07-2016- A importância da luz no espaço, conseguimos perceber cores, texturas e formas.]
Consegues imaginar onde fica?
Talvez este seja o próximo destino que irei abordar aqui no blogue! Uma viagem que ansiei vários anos até a conseguir concretizar.
Onde fica?
[04-07-2016- A importância da luz no espaço, conseguimos perceber cores, texturas e formas.]
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Adivinha - Palavras
Uma adivinha rápida para esta tarde:
Aqui ficam mais duas palavras japonesas de origem inglesa...
スーパー lê-se "su-pa-"
デパート lê-se "depa-to"
Qual será o seu significado?
Uma pista: Ambas são grandes áreas comerciais...
Para confirmares a tua resposta, envia um email para:
deambular.preambulo@gmail.com
Boa sorte e bom fim de semana!
Mercado de peixe de Tóquio, 1890.
"Men carry buckets with fish at the Nihonbashi fish market, ca 1920s."
Algumas fotografias mais recentes do mercado:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/01/agua.html
Fonte das fotografias:
http://www.oldphotosjapan.com/en/photos/784/nihonbashi-fishmarket#.V2k5zt76uzk
Aqui ficam mais duas palavras japonesas de origem inglesa...
スーパー lê-se "su-pa-"
デパート lê-se "depa-to"
Qual será o seu significado?
Uma pista: Ambas são grandes áreas comerciais...
Para confirmares a tua resposta, envia um email para:
deambular.preambulo@gmail.com
Boa sorte e bom fim de semana!
Mercado de peixe de Tóquio, 1890.
"Men carry buckets with fish at the Nihonbashi fish market, ca 1920s."
Algumas fotografias mais recentes do mercado:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/01/agua.html
Fonte das fotografias:
http://www.oldphotosjapan.com/en/photos/784/nihonbashi-fishmarket#.V2k5zt76uzk
45º Registos (3)
O Mosteiro Tovkhon (Tövkhön).
O Mosteiro Tovkhon foi construído no século XVII, no local escolhido por Zanabazar, nas montanhas próximas ao vale Orkhon.
O lugar fantástico par um retiro espiritual. Conforme desvendamos o percurso entre os altos pinheiros, serenamos e preparamo-nos para a sua descoberta.
Zanabazar foi o primeiro líder espiritual e politico da Mongólia; e o inventor do emblema nacional - soyombo - que aparece na bandeira do país.
Os pinheiros separam-se e abre-se uma clareira, uma subida mais ingreme anuncia-se e alguns telhados revelam o mosteiro.
Uma porta convida-nos a entrar;
E a vista?
Visitantes religiosos a prestarem a sua homenagem, curioso, como mesmo nos sítios mais inóspitos encontramos sempre alguém...
E o lugar é sempre determinante...
Nesta publicação tens mais uma fotografia deste lugar:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/33-aqui-e-alem-2.html
Imagina que deixavas de visitar este lugar, de subir a montanha e descobrir este cenário...
O Mosteiro Tovkhon foi construído no século XVII, no local escolhido por Zanabazar, nas montanhas próximas ao vale Orkhon.
O lugar fantástico par um retiro espiritual. Conforme desvendamos o percurso entre os altos pinheiros, serenamos e preparamo-nos para a sua descoberta.
Zanabazar foi o primeiro líder espiritual e politico da Mongólia; e o inventor do emblema nacional - soyombo - que aparece na bandeira do país.
Os pinheiros separam-se e abre-se uma clareira, uma subida mais ingreme anuncia-se e alguns telhados revelam o mosteiro.
Uma porta convida-nos a entrar;
E a vista?
Visitantes religiosos a prestarem a sua homenagem, curioso, como mesmo nos sítios mais inóspitos encontramos sempre alguém...
E o lugar é sempre determinante...
Nesta publicação tens mais uma fotografia deste lugar:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/33-aqui-e-alem-2.html
Imagina que deixavas de visitar este lugar, de subir a montanha e descobrir este cenário...
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Logos - Escrita
Lido no jornal público, na página final (tem um nome especifico que agora não me recordo):
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão."
Cesare Pavese (1908-1950); escritor italiano.
Li isto e pensei, realmente gosto de falar sozinho.
Nem sempre gostamos de partilhar, por receio...
Será que vale a pena esse receio, esse medo...
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/03/15-conquista-3.html
Escrevemos e quando decidimos partilhar esperamos que alguém se reveja na nossas palavras, que tenha ou partilhe o mesmo pensamento sobre determinado assunto.
Escrevi isto há tempos sobre esta sensação...
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/25-depayse-5.html
[27-04-2016]
"É bom escrever porque reúne as duas alegrias: falar sozinho e falar a uma multidão."
Cesare Pavese (1908-1950); escritor italiano.
Li isto e pensei, realmente gosto de falar sozinho.
Nem sempre gostamos de partilhar, por receio...
Será que vale a pena esse receio, esse medo...
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/03/15-conquista-3.html
Escrevemos e quando decidimos partilhar esperamos que alguém se reveja na nossas palavras, que tenha ou partilhe o mesmo pensamento sobre determinado assunto.
Escrevi isto há tempos sobre esta sensação...
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/25-depayse-5.html
[27-04-2016]
44º Registos (2)
Mosteiro Shankh
O mosteiro Shankh localizado na área central do país foi fundado no século XVII e reconstruído nos anos 90 após a independência da Mongólia. Já aqui apareceu:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/30-silencio1.html
Algumas fotografias, do edifício principal e de um secundário fechado ao público.
Aproveitamos o decorrer da cerimónia matinal para visitar o templo do mosteiro e assistir à chegada das famílias vestidas com os trajes tradicionais de "festa",que apareciam inesperadamente; sendo que à volta do mosteiro não existia mais nada, apenas um território extenso e desabitado; aparentemente esquecido desde a ocupação soviética.
O mosteiro Shankh localizado na área central do país foi fundado no século XVII e reconstruído nos anos 90 após a independência da Mongólia. Já aqui apareceu:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/30-silencio1.html
Algumas fotografias, do edifício principal e de um secundário fechado ao público.
Aproveitamos o decorrer da cerimónia matinal para visitar o templo do mosteiro e assistir à chegada das famílias vestidas com os trajes tradicionais de "festa",que apareciam inesperadamente; sendo que à volta do mosteiro não existia mais nada, apenas um território extenso e desabitado; aparentemente esquecido desde a ocupação soviética.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
43º Registos (1)
Registos na montanha Hogno Khan.
Registos ou marcas do ser Humano no território que a pouco e pouco se vou revelando cada vez mais misterioso.
Um território amplo que ainda assim forma recantos dignos para a construção de um mosteiro, reservado, mas com uma predominância visual sobre o território surpreendente.
Na montanha sagrada Hogno Khan foi construído o mosteiro Erdene Hambin, que a pouco e pouco vai sendo reconstruído, ao sabor das memórias que vão regressando após terem caído num esquecimento forçado...
Algumas ruinas, que relembram a destruição deste lugar e desta "tradição;
O templo modesto no sopé da montanha que se ergue sobre um extenso vale.
E a vista, não é verdadeiramente surpreendente?
Este lugar já tinha aparecido aqui no blogue para acompanhar outras publicações:
A vista:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/03/12-sonho-8.html
No caminho:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/03/3-caminho.html
Registos ou marcas do ser Humano no território que a pouco e pouco se vou revelando cada vez mais misterioso.
Um território amplo que ainda assim forma recantos dignos para a construção de um mosteiro, reservado, mas com uma predominância visual sobre o território surpreendente.
Na montanha sagrada Hogno Khan foi construído o mosteiro Erdene Hambin, que a pouco e pouco vai sendo reconstruído, ao sabor das memórias que vão regressando após terem caído num esquecimento forçado...
Algumas ruinas, que relembram a destruição deste lugar e desta "tradição;
O templo modesto no sopé da montanha que se ergue sobre um extenso vale.
E a vista, não é verdadeiramente surpreendente?
Este lugar já tinha aparecido aqui no blogue para acompanhar outras publicações:
A vista:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/03/12-sonho-8.html
No caminho:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/03/3-caminho.html
terça-feira, 26 de abril de 2016
Logos - Electricidade
Tudo começa com uma palavra - logos -
Ou com um link, que não podia deixar de partilhar:
https://gatesofnineveh.wordpress.com/2011/08/18/electricity-in-the-ancient-world/
Uma publicação de um estudante de arqueologia sobre a eletricidade no mundo antigo, que inúmera várias teorias fruto de muita imaginação [será?] e a sua visão sobre o assunto sempre fundamentando com elementos históricos. Não deixes de ler.
Cheguei até este site ao pesquisar para as resoluções - Resolutione - que publico semanalmente. Graças a esta temática tenho descoberto vários lugares fascinantes criados por antigas civilizações já quase desaparecidas. Destinos de viagens pouco usuais no nosso mercado turístico e no entanto não deixam de surpreender pela sua unicidade; sendo que alguns já desapareceram mas que merecem ser recordados.
A imagem foi retirada do mesmo link apresentado.
42º Noite (7)
[Pernoitar]
A yourte é realmente um refugio, qualquer pessoa pode entrar e pernoitar.
A porta fica sempre aberta, nunca se "fecha".
A família recebe visitas recorrentes, de "vizinhos", planeadas ou inesperadas. Todos são presenteados com a sua hospitalidade.
Partilham a sua refeição e os seus bens e o convívio acontece em torno do fogo.
Oferecem queijos, kefir, álcool, leite, rebuçados, etc.
Reaprendemos a comunicar, retomamos afetos...
É preciso tão pouco... e esta simplicidade desperta novamente o nosso ser.
A yourte no blogue:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/41-noite-6.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2015/12/adivinha-habitar-57.html
A yourte é realmente um refugio, qualquer pessoa pode entrar e pernoitar.
A porta fica sempre aberta, nunca se "fecha".
A família recebe visitas recorrentes, de "vizinhos", planeadas ou inesperadas. Todos são presenteados com a sua hospitalidade.
Partilham a sua refeição e os seus bens e o convívio acontece em torno do fogo.
Oferecem queijos, kefir, álcool, leite, rebuçados, etc.
Reaprendemos a comunicar, retomamos afetos...
É preciso tão pouco... e esta simplicidade desperta novamente o nosso ser.
A yourte no blogue:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/41-noite-6.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2015/12/adivinha-habitar-57.html
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Logos - Liberdade
"Mas compreendemos a força vital do Homem e chamamos-lhe liberdade."
(255-6; Guerra e Paz; Leão Tolstoi)
O dia 25 de abril é o dia em que se comemora a Liberdade, pelo menos em Portugal... Mas será que alguma vez sentimos essa liberdade que o seu significado apregoa?
Todas as escolhas que fazemos ou fizemos sofrem algum tipo de dependência... Todas elas são nos [in]diretamente sugeridas pelo ambiente em que vivemos.
"No primeiro caso, tornava-se forçoso renunciar a admitir uma imobilidade que não existia e admitir o movimento que existe mas não sentimos; no caso presente, é necessário renunciar a uma liberdade, que não existe, e reconhecer a dependência, que não sentimos."
(261; Guerra e Paz; Leão Tolstoi)
Podia divagar um bocado, mas dou-te antes uma sugestão relê pelo menos o epilogo do livro que tenho citado nos últimos dias. Porque vale a pena, faz-nos repensar sobre a forma como... Vou reler. Fica para uma próxima.
(255-6; Guerra e Paz; Leão Tolstoi)
O dia 25 de abril é o dia em que se comemora a Liberdade, pelo menos em Portugal... Mas será que alguma vez sentimos essa liberdade que o seu significado apregoa?
Todas as escolhas que fazemos ou fizemos sofrem algum tipo de dependência... Todas elas são nos [in]diretamente sugeridas pelo ambiente em que vivemos.
"No primeiro caso, tornava-se forçoso renunciar a admitir uma imobilidade que não existia e admitir o movimento que existe mas não sentimos; no caso presente, é necessário renunciar a uma liberdade, que não existe, e reconhecer a dependência, que não sentimos."
(261; Guerra e Paz; Leão Tolstoi)
Podia divagar um bocado, mas dou-te antes uma sugestão relê pelo menos o epilogo do livro que tenho citado nos últimos dias. Porque vale a pena, faz-nos repensar sobre a forma como... Vou reler. Fica para uma próxima.
41º Noite (6)
De noite ou quando o frio se torna mais intenso encontramos refúgio nas yourtes, que nos abrigam no seu interior...
Tão fácil de transportar, de montar, de desmontar e de montar novamente, próxima das melhores pastagens para os animais que sustentam as famílias ao longo dos anos.
E assim vão percorrendo as estepes, seguindo a vontade das estações do ano... Assim se define a sua liberdade quase irrepreensível.
As marcas que deixam no território são tão subtis.
Adivinham-se pelas formas circulares sem vegetação, que não tarda voltará a nascer e as marcar voltarão a desaparecer.
Como é que este povo se orienta por este vasto território?
À noite surge um elemento que nos orienta a ursa maior.
De dia, o movimento do sol [terra] revela-nos a passagem das horas e a nossa orientação geográfica. A sua energia torna a atmosfera mais quente e desvenda o território, as suas cores, as suas formas e texturas. E Conseguimos sentir o seu sereno toque na nossa pele.
Sabias que a porta das yourtes está sempre orientada a sul?
E os anos que levaram a desenvolver a estrutura e os elementos que permitem a construção ou a montagem da yourte. As suas dimensões precisas, os encaixes, tudo é pensado. A simplicidade resulta por vezes de um processo complexo de maturação de diversas tentativas de experimentação.
O centro da circunferência que define o espaço interior é materializado pelo fogo que origina um sentido proteção.
"A casa é imaginada como um ser concentrado. Ela nos leva a uma consciência de centralidade"[1]
Para libertar o fumo, um óculo abre-se no topo, lembrando-nos também se é de dia se é de noite.
Enquanto viajantes habituados ou ensinados a viver em núcleos urbanos redescobrimos a noção de refúgio, sentimo-nos acolhidos nestas pequenas conhas temporárias e redescobrimos a nossa essência, a nossa individualidade.
“Em caixas sobrepostas vivem os habitantes da grande cidade (…) diz Paul Claudel,“ entre quatro paredes, é uma espécie de lugar geométrico, um buraco convencional que mobiliamos com imagens, com bibelôs e armários dentro de um armário.” O número da rua, o algarismo do andar fixam a localização do nosso “buraco convencional”, mas nossa morada não tem nem espaço em seu redor nem verticalidade em si mesma.” [2]
Quando o frio é tolerável o exterior chama-nos... e
atrai-nos com uma força, quase magnética...
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/36-noite-1.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/37-noite-2.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/38-noite-3.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/39-noite-4.html
A imagem com o esquema da yourte é retirada da Internet.
Tão fácil de transportar, de montar, de desmontar e de montar novamente, próxima das melhores pastagens para os animais que sustentam as famílias ao longo dos anos.
E assim vão percorrendo as estepes, seguindo a vontade das estações do ano... Assim se define a sua liberdade quase irrepreensível.
As marcas que deixam no território são tão subtis.
Adivinham-se pelas formas circulares sem vegetação, que não tarda voltará a nascer e as marcar voltarão a desaparecer.
Como é que este povo se orienta por este vasto território?
À noite surge um elemento que nos orienta a ursa maior.
De dia, o movimento do sol [terra] revela-nos a passagem das horas e a nossa orientação geográfica. A sua energia torna a atmosfera mais quente e desvenda o território, as suas cores, as suas formas e texturas. E Conseguimos sentir o seu sereno toque na nossa pele.
Sabias que a porta das yourtes está sempre orientada a sul?
E os anos que levaram a desenvolver a estrutura e os elementos que permitem a construção ou a montagem da yourte. As suas dimensões precisas, os encaixes, tudo é pensado. A simplicidade resulta por vezes de um processo complexo de maturação de diversas tentativas de experimentação.
O centro da circunferência que define o espaço interior é materializado pelo fogo que origina um sentido proteção.
"A casa é imaginada como um ser concentrado. Ela nos leva a uma consciência de centralidade"[1]
Para libertar o fumo, um óculo abre-se no topo, lembrando-nos também se é de dia se é de noite.
Enquanto viajantes habituados ou ensinados a viver em núcleos urbanos redescobrimos a noção de refúgio, sentimo-nos acolhidos nestas pequenas conhas temporárias e redescobrimos a nossa essência, a nossa individualidade.
“Em caixas sobrepostas vivem os habitantes da grande cidade (…) diz Paul Claudel,“ entre quatro paredes, é uma espécie de lugar geométrico, um buraco convencional que mobiliamos com imagens, com bibelôs e armários dentro de um armário.” O número da rua, o algarismo do andar fixam a localização do nosso “buraco convencional”, mas nossa morada não tem nem espaço em seu redor nem verticalidade em si mesma.” [2]
Quando o frio é tolerável o exterior chama-nos... e
atrai-nos com uma força, quase magnética...
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/36-noite-1.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/37-noite-2.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/38-noite-3.html
http://entrepreambulos.blogspot.com/2016/04/39-noite-4.html
[1] A poética do espaço;
Bachelard, Gaston, p.36
[1] A poética do espaço; Bachelard, Gaston, p.45
domingo, 24 de abril de 2016
Qubba Imam Dur, Samarra.
As próximas resoluções serão sobre vários monumentos, cidades, cidadelas, aldeias no Iraque, alguns talvez já desaparecidos e outros fragilizados pela inconstância do Homem que tanto cria e tanto destrói muda.
A antiga cidade de Samarra (836-892) no Iraque que foi em tempos a segunda capital do Califado Abbasid, localiza-se junto ao rio Tigre, na antiga Mesopotâmia.
Num comunicado da UNESCO, aquando da confirmação da sua destruição - "Imam Dur Shrine located in the Governorate of Salah-e-Din. The shrine, which was built during the eleventh century AD., is considered as one of the emblematic representations of Islamic architecture of its time."
Qubba Imam Dur
Arquiteto: Abu Shakir ibn Abi' l-Faraj
Cliente/Patrono: Sharaf ad-Dawla Muslim
Data: 1085
Uma definição:
Agora algumas fotografias de 1979, por Yasser Tabbaa
Pormenores:
1) Squinch: a straight or arched structure across an interior angle of a square tower to carry a superstructure such as a dome.
2) The muqarnas dome
3) Pormenor Exterior - hazar-baf brickwork on one of the engaged corner towers;
Para finalizar um corte:
Links:
http://archnet.org/sites/3838
Mais alguns detalhes sobre a estrutura:
https://books.google.pt/books?id=K8stDgJSiJ4C&pg=PA140&lpg=PA140&dq=Qubba+Imam+Dur&source=bl&ots=gdJ2l6Lrdw&sig=WpGjN5gqci21bWTU5fC-m1a4VRw&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwjL8ZHzrZXMAhWGChoKHQJ-AKIQ6AEINTAF#v=onepage&q=Qubba%20Imam%20Dur&f=false
Uma lista de sítios arqueológicos no Iraque:
http://www.cemml.colostate.edu/cultural/09476/iraq05-057.html
Explicação deste tema - Resolutione
http://entrepreambulos. blogspot.com/2015/12/ resolutione-16.html
Todas as imagens foram retiradas da Internet:
- Bing Maps;
- A Global History of Architecture; Mark M. Jarzombek, Vikramaditya Prakash;
- Muitas das fotografias encontradas pertencem ao fotógrafo Yasser Tabbaa.
A antiga cidade de Samarra (836-892) no Iraque que foi em tempos a segunda capital do Califado Abbasid, localiza-se junto ao rio Tigre, na antiga Mesopotâmia.
Num comunicado da UNESCO, aquando da confirmação da sua destruição - "Imam Dur Shrine located in the Governorate of Salah-e-Din. The shrine, which was built during the eleventh century AD., is considered as one of the emblematic representations of Islamic architecture of its time."
Qubba Imam Dur
Arquiteto: Abu Shakir ibn Abi' l-Faraj
Cliente/Patrono: Sharaf ad-Dawla Muslim
Data: 1085
Uma definição:
Agora algumas fotografias de 1979, por Yasser Tabbaa
Pormenores:
1) Squinch: a straight or arched structure across an interior angle of a square tower to carry a superstructure such as a dome.
2) The muqarnas dome
3) Pormenor Exterior - hazar-baf brickwork on one of the engaged corner towers;
Para finalizar um corte:
Links:
http://archnet.org/sites/3838
Mais alguns detalhes sobre a estrutura:
https://books.google.pt/books?id=K8stDgJSiJ4C&pg=PA140&lpg=PA140&dq=Qubba+Imam+Dur&source=bl&ots=gdJ2l6Lrdw&sig=WpGjN5gqci21bWTU5fC-m1a4VRw&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwjL8ZHzrZXMAhWGChoKHQJ-AKIQ6AEINTAF#v=onepage&q=Qubba%20Imam%20Dur&f=false
Uma lista de sítios arqueológicos no Iraque:
http://www.cemml.colostate.edu/cultural/09476/iraq05-057.html
Explicação deste tema - Resolutione
http://entrepreambulos.
Todas as imagens foram retiradas da Internet:
- Bing Maps;
- A Global History of Architecture; Mark M. Jarzombek, Vikramaditya Prakash;
- Muitas das fotografias encontradas pertencem ao fotógrafo Yasser Tabbaa.
sábado, 23 de abril de 2016
Logos - Ur
Será?
Sobre este assunto voltarei a falar.
Uma fotografia antiga de Ur, antes dos trabalhos de "restauro"(que aparecerá numa futura Resolutione).
Se por acaso não conseguires ler a primeira imagem que contém a explicação da palavra "Urban", segue o link:
https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-PT&prev=search&rurl=translate.google.pt&sl=es&u=http://etimologias.dechile.net/%3Furbano&usg=ALkJrhhcB0ZLhFl-XH_xGskC68-5OTIs6w
Entretanto lembrei-me que numa publicação sobre uma cidade fantasma indiana já tinha abordado esta questão:
http://entrepreambulos.blogspot.com/2015/12/cidade-fantasma.html
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