terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Resolutione (2/6)

2 - Iraque Antigo

Quem sabe se um dia não vai ser possível fazer viagens ao passado!

(...)" Pois como o nosso cérebro, de forma alguma querendo admitir o inexplicável, ao mesmo tempo sabe acumular fantasia sobre fantasia - a cria mesmo, involuntariamente, a toda a hora? Se o nosso cérebro só admite o que vê, o que sente - o que é - como se concebe então que, ao mesmo tempo, saiba sonhar o que não existe? Sim, como é que não havendo fadas, nem encantamentos, nem deuses, nem milagres - os Homens souberam realizar todas estas irrealidades?..."
A estranha morte do prof. Antena; Mário de Sá-Carneiro. (238)

Ao ler esta novela quase que acreditei, contagiado pela escrita aliciante do autor.
Eu avisei que ia sonhar... E as próximas imagens incentivaram-me a fazê-lo.

Sempre que ouvia falar da Mesopotâmia (nas primeiras aulas de história, quando ainda não reconhecia o valor de a relembrar e de a recontar), imaginava grandes planícies agrícolas férteis e verdejantes, mas nunca imaginei estes lugares, estas construções deixadas por culturas aparentemente tão distantes da nossa, mas tão fascinantes.

 







Estas ruínas foram outrora o palácio Taq Kasra (século VI) situado numa capital dos tempos áureos da Mesopotâmia, Ctesifonte.


Samarra
Este era um minarete com  52 metros de altura de uma das maiores mesquitas, construída no século IX junto ao rio Tigris no norte do Iraque (destruído em 2005)
 

Termino com a estrofe de um poema de Florbela Espanca (Vão Orgulho - 383) que ilustra a Humanidade ou a falta dela...
 
"Neste mundo vaidoso o amor é nada,
É um orgulho a mais, outra vaidade,
A coroa de loiros desfolhada
Com que se espera a Imortalidade."
 
Fica o desconsolo de talvez nunca poder visitar um destes lugares.
 
Todas as imagens foram retiradas da internet há algum tempo, sendo que de algumas não disponho de nenhuma referência.

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