domingo, 20 de dezembro de 2015

Taj Mahal


No século XVII, este complexo foi mandado construir pelo imperador Shah Jahan do império Mogol [ Mongol], descendente do  Gengis Khan, em memória da sua esposa favorita Mumtaz Mahal.
Num único lugar, memórias e reminiscências de dois países, ou diria antes, de duas culturas que adoro - a Índia e a Mongólia - tão distintos e tão próximos na manutenção da sua essência. Não podia deixar de referir também a cultura persa, que se revela presente em tantos pormenores. Fica assim a promessa de voltar a falar da Mongólia e da cultura Persa, presente no Uzbequistão e no Irão.


E porque não acordar antes do sol nascer, para ver o Taj Mahal iluminado pela luz crepuscular da manhã, tão suave, tão serena, que rapidamente se desvanece para se transformar numa claridade intensa.

Por vezes acontece o lugar ser construído para receber um determinado edifício… talvez aqui isso aconteça… E a simetria reina de forma quase obsessiva.

O edifício principal construído em mármore de um branco outrora plácido clama que o visitemos.

O mármore não é tão "branco" quanto se imaginara, notam-se as linhas que separam as diferentes placas. A sua tonalidade revela-se ligeiramente acinzentada, dizem que por causa da poluição, será?

E a história que envolve a sua construção, comovo-nos; apesar de que são histórias; e como todas as histórias  com o passar dos anos, dos séculos  foram sendo embelezadas, satisfazendo as nossas vontades, as nossas fantasias, os nossos sonhos.

[sem título]

"Escrevi o nome teu
Na branca areia do mar
Vieram as ondas brincando
Teu lindo nome beijar"

Datado de 10-09-1907, Florbela Espanca (tinha 12 anos)/ (p.34)

Dois gestos, ambos perecíveis pelo tempo, ainda que um seja mais imediato, traduzindo um mesmo sentimento. Muitas vezes as pessoas revelam-se nos pequenos gestos que surgem involuntários, quase desapercebidos, mas sempre sinceros.

A construção de um mausoléu ou de um memorial [que mais facilmente nos remete para a palavra memória] numa tentativa de prestar homenagem, de preservar memórias ou de redenção. E assim se vão construindo memórias, que recordaremos... Podemos não recordar os nomes, mas recordaremos os gestos e a essência que gerou essa memória.

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